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Foto: Adauto RodriguesFonte :Diario do Pará
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Um os símbolos da cultura popular paraense, o miriti, ganhou, na última semana, a sua maior festa no Estado: o Miriti Fest, evento dedicado à divulgação e comercialização das peças, no município de Abaetetuba, nordeste do Estado. A quinta edição da feira levou ao ginásio Hildo Carvalho, centro da cidade, cerca de 15 mil visitantes, que, além do artesanato, também puderam se deliciar com apresentações musicais e comidas típicas. De acordo com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Pará, um dos realizadores do evento, o volume de negócios gerados chegou à casa dos R$ 30 mil. Mas, o grande diferencial desta edição da feira, segundo o gerente do escritório regional do órgão na região, Marcos Tadeu Bastos, foi a cessão, por parte da prefeitura municipal, de um prédio que estava abandonado para a Associação dos Artesãos de Miriti de Abaetetuba (Asamab), outro realizador do evento. “Já estamos trabalhando há alguns anos com a Asamab, no sentido de melhorar a qualidade a qualidade dos produtos, que é o grande diferencial do miriti de Abaetetuba”, destacou. A qualidade a que se refere Bastos pode ser facilmente observada no trabalho do artesão Ivan Leal, 40 anos. Nascido em Muaná, ele vive em Abaetetuba desde a infância. Foi lá que ele aprendeu a arte do miriti. “Quando eu era pequeno, não tinha muitos brinquedos. Por isso, passei a desenvolver pequenos barcos com o miriti, para poder brincar. Com o tempo, eles foram ficando cada vez melhores, e eu fui me interessando em melhorar”, contou.Hoje, além de comercializar peças, Ivan também ensina a arte para outros abaetetubenses. Ele é conhecido pelo design diferenciado das suas peças, que podem ser ornamentais ou utilitárias. São mesas, banquinhos, quadros, abajures, e uma série de outros objetos. “Com certeza, dá para sobreviver desse trabalho. Mas, o que mais nos gratifica é poder fazer a nossa arte sem agredir a natureza”, ensinou. SELO DE QUALIDADE - Este, aliás, é um discurso comum entre os artesãos. O presidente da Asamab, Deusidério Neto, explica, com entusiasmo, o projeto da entidade que prevê a criação de um selo de qualidade, com o qual serão identificados os produtos feitos em Abaetetuba, os quais aglutinam a questão da preocupação ambiental. Paralelo a isso, dentro do prédio recém cedido pela prefeitura – e que servirá como sede para a entidade - , será instalada uma fábrica de papel, a qual terá como matéria-prima as sobras do miriti. “Com isso, vamos ter praticamente 100% de aproveitamento do material”, informou. >> Prédio doado abrigará centro culturalSegundo Deusidério Neto, há mais de seis anos a Asamab pleiteava o espaço que agora foi doado pela prefeitura. Trata-se de um prédio construído para ser um mercado de peixes, mas que, devido à distância do porto da cidade, acabou sendo abandonado pelos comerciantes. Agora, além de sede da Asamab, também vai se tornar um centro cultural. “Desta vez, a prefeitura entendeu a necessidade de se ter um ponto de encontro dos artesãos”, avaliou, acrescentando que o espaço deve ficar pronto para a utilização daqui a três meses. De acordo com o presidente da Associação Comercial de Abaetetuba (ACA), Benedito Araújo, hoje, junto com o comércio, o miriti é uma das atividades econômicas mais importantes do município. Com 144 artesãos cadastrados na Asamab, o miriti dá emprego para mais de 300 famílias. “Estamos fazendo um trabalho de identificação e catalogação desses artesãos bem como dos ribeirinhos que trabalham diretamente na colheita do miriti”, completou.
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Fonte: http://duparainforterimentos.blogspot.com/2009/06/para-miriti-o-colorido-que-encanta-os.html
1 Comment:
Não sou de Abaetetuba, mas diante dos anos anteriores que passo o Carnaval em Abaetetuba, concordo que nenhum se compara ao Carnaval de 2010: muita gente, cidade super movimentada, população participativa, entre outros.
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