quarta-feira, 24 de agosto de 2011

CNM realiza reunião com prefeitos do projeto CapaCidades


A Confederação Nacional de Municípios (CNM) realizou uma reunião com gestores dos quatro municípios participantes do projeto CapaCidades, desenvolvido em parceria entre CNM e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O encontro ocorreu na sede da entidade, em Brasília (DF), e contou com a presença dos prefeitos de Jaguarão (RS), José Cláudio Ferreira Martins, Abaetetuba (PA), Francineti Maria Rodrigues Carvalho, Marliéria (MG), Waldemar Nunes de Sousa, e Barbalha (CE), José Leite Gonçalves Cruz e das representantes do Pnud, Célia Arraes e Ieva Lazareviciute.

Durante o encontro, foram discutidos os resultados e andamento do projeto, além de sugestões e encaminhamentos aos prefeitos para 2012. Este ano, os municípios já receberam alguns cursos de capacitação técnica e captação de recursos. Em Abaetetuba estão previstas novos oficinas de digitalização de cartografias e oficinas para o setor privado. Barbalha vai contar com oficinas de cordel, xilogravura e de prestação de contas para cooperativas e associações.

Os municípios também aderiram a ferramenta da CNM, o Portal de compras Municipal –CidadeCompras, e receberam ajuda para estabelecer convênios. O prefeito de Jaguarão conseguiu uma parceria para revitalizar o Centro Histórico do Município e Abaetetuba aposentou o lixão da cidade e hoje conta com um aterro sanitário controlado.

Além disso, o município também se conveniou ao Instituto Federal de Ciências, Educação e Tecnologia do Pará (IFPA) e está construindo seu Plano de Resíduos Sólidos e criando um projeto de coleta seletiva.


Publicado por Redação em 24/08/2011

Mulheres discutem políticas públicas em Abaetetuba

Cerca de 200 mulheres do município de Abaetetuba deverão participar, nesta quinta-feira (25), do Seminário Regional “Políticas Públicas no Estado do Pará: com todas as mulheres por todos os seus direitos”. O evento integra a Conferência Regional Tocantins, organizada pela Coordenadoria Estadual dos Direitos da Mulher (CPDM), vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), e pelo Conselho Estadual de Políticas para as Mulheres. Com início às 8h, o seminário será realizado no Centro de Referência “Maria do Pará”, localizado na Estrada Beja, s/n.

Situado no nordeste paraense, Abaetetuba receberá, durante o evento, representantes dos municípios de Acará, Baião, Barcarena, Cametá, Igarapé-Miri, Limoeiro do Ajuru, Mocajuba, Moju, Oeiras do Pará e Tailândia. O seminário pretende oferecer às mulheres a oportunidade de debater, refletir e definir ações estratégicas, visando a redução das desigualdades sociais e de gênero.

A comissão organizadora do evento voltará a debater o tema do seminário nesta sexta-feira (26), em Paragominas, no sudeste paraense. O encontro será realizado no auditório da Secretaria Municipal de Assistência Social, e reunirá representantes dos municípios de Abel Figueiredo, Aurora do Pará, Bujaru, Capitão Poço, Concórdia do Pará, Dom Eliseu, Garrafão do Norte, Ipixuna do Pará, Irituia, Mãe do Rio, Nova Esperança do Piriá, Ourém, Paragominas, Rondon do Pará, Tomé-Açu e Ulianópolis.

Ellyson Ramos - Sejudh

http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=82780

Hospitais de Portas Fechadas: o Pará não cuida nem dos filhos deste solo

“Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. “ (Hipócrates)

Infelizmente a saúde pública no Pará está abandonada (há muito tempo), por descaso de governos anteriores e pela falta de empenho do governo atual, o fato é que os hospitais públicos estão se fechando para o atendimento com a desculpa de que estão superlotados. Os hospitais estão superlotados, então é preciso aumentar a capacidade dos mesmos, de acordo com o crescimento da demanda, essa é a lógica.

O caso da paciente que perdeu gêmeos por falta de atendimento no hospital referência em neonatologia mostra uma situação que é regra nos demais hospitais do Estado (como Hospital das Clínicas, Santa Casa, Abelardo Santos, Barros Barreto, Prontos-Socorros), o atendimento desumanizado, geralmente feito por profissionais sem competência para lidar com o público (aí incluo os “guardas” porteiros terceirizados, que barram quem precisa de atendimento), inclusive os profissionais de saúde que tratamos pacientes sem o mínimo de consideração, nem mesmo com as grávidas.

A grávida do caso era paciente da Santa Casa e fazia o acompanhamento de acordo com as recomendações, embora a gestação fosse de risco, inclusive a mesma possuía consulta marcada para o fatídico dia da perda dos bebês, portanto, a desculpa de que o paciente não possuía encaminhamento (“piada pronta” em casos de omissão de atendimento) não se aplicava ao caso. A Santa Casa recusou sua própria paciente em um momento delicado, onde três vidas corriam risco (a da mãe e dos dois bebês). É importante frisar que a paciente já havia sido RECUSADA em outro hospital do ESTADO, hospital pago por todos nós contribuintes.

Fica a lição para o Governo do Pará. Nunca RECUSE uma grávida que precisa de atendimento, ponham-se no lugar da mãe que perdeu dois bebês, e se fossem seus filhos?

A decisão do Governador em afastar os envolvidos no caso foi acertada, assim como a atitude do bombeiro (de ter dado voz de prisão para a médica), pois omissão de socorro é crime e no mínimo a paciente deveria ter recebido atenção de algum profissional e encaminhada para outro hospital. Nada disso foi feito, portanto, a conduta dos envolvidos na omissão deve ser apurada e julgada, caso sejam culpados, os mesmos devem sofrer as consequências desse ato criminoso e desumano.

Para os profissionais e gestores da saúde (médicos, enfermeiros, secretários e colaboradores), faço-os lembrar do juramento de Hipócrates atualizado pela Declaração de Genebra, onde os preceitos morais de defesa à vida são exaltados:

“NO MOMENTO DE SER admitido como membro da profissão médica:

EU JURO SOLENEMENTE consagrar a minha vida a serviço da humanidade;

EU DAREI aos meus professores o respeito e a gratidão que lhes são devidos;

EU PRATICAREI a minha profissão com consciência e dignidade;

A SAÚDE DE MEU PACIENTE será minha primeira consideração;

EU RESPEITAREI os segredos confiados a mim, mesmo depois que o paciente tenha morrido;

EU MANTEREI por todos os meios ao meu alcance, a honra e as nobres tradições da profissão médica;

MEUS COLEGAS serão minhas irmãs e irmãos;

EU NÃO PERMITIREI que concepções de idade, doença ou deficiência, religião, origem étnica, sexo, nacionalidade, filiação política, raça, orientação sexual, condição social ou qualquer outro fator intervenham entre o meu dever e meus pacientes;

EU MANTEREI o máximo respeito pela vida humana;

EU NÃO USAREI meu conhecimento médico para violar direitos humanos e liberdades civis, mesmo sob ameaça;

EU FAÇO ESTAS PROMESSAS solenemente, livremente e pela minha honra.”

Fonte: http://troppos.org/