quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PROPOSTAS DA 1ª AUDIÊNCIA PÚBLICA DE SAÚDE DE ABAETETUBA

Recebemos solicitação, através de e-mail: sindsaude.abaete@gmail.com, de divulgação das propostas aprovadas na 1ª Audiência Pública de Saúde de Abaetetuba. Democraticamente repassando aos nossos Leitores, segue, na íntegra:

Prezado(s),

Com nossos cordiais cumprimentos solicitamos a publicidade, neste espaço democrático de informação, das propostas aprovadas na 1ª Audiência Pública de Saúde de Abaetetuba, que ocorreu no dia treze de agosto de dois mil e dez, na Barraca de Nossa Senhora da Conceição:

São estas:

1. Propõe que a Câmara Municipal abra um Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, com base em dados apurados pelo Ministério Público, Conselho Municipal de Saúde e denúncias dos usuários, a fim de que se possa apurar e esclarecer a população, a destinação dos recursos da saúde destinados ao município nestes últimos anos;

2. Cumprir e efetivar o que ficou deliberado como propostas da 7ª Conferência Municipal de Saúde, a curto, médio e longo prazo, realizadas no ano de 2009 e que a Secretaria Municipal de Saúde faça a prestação de contas pública e periódica, visando o princípio da transparência no uso dos recursos públicos;

3. Formar mesa de negociação a fim de reabrir imediatamente as negociações entre governo municipal e trabalhadores da saúde, para por fim a greve e estabelecimento de prazos e metas para aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração – PCCR, dos servidores da saúde;

4. Que o Conselho Municipal de Saúde e a Comissão de Saúde da Câmara possam fazer fiscalizações e encaminhar ao Ministério Público Estadual e Federal, Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde e Tribunal de Contas dos Municípios as demandas e denúncias;

5. Que os funcionários da saúde transferidos de suas unidades retornem aos seus locais trabalho de onde foram transferidos e que não haja perseguição política aos funcionários que aderiram a greve;

6. Que esta Comissão possa programar juntamente com o Ministério Público Estadual e Conselhos Municipais, uma agenda permanente de trabalho para cobrar das instituições e órgãos os encaminhamentos das propostas e da continuidade a outras políticas públicas.

Atenciosamente,


Direção do SINDAUDE
Seção de Abaetetuba
Entidade membro da Comissão em Defesa da Saúde de Abaetetuba
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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ABSURDO: Ceará fatura mais que o Pará com exportação do açaí paraense

Apesar do potencial, o Pará não consegue se projetar como grande fornecedor de açaí no mercado
Pará - Que o nosso açaí já conquistou o Brasil e agora está conquistando o mundo, para deleite de consumidores em alguns dos mais exigentes mercados do planeta, todos os paraenses (ou quase) já sabem. O que poucos sabem, por aqui, é que o Pará, também neste caso – como em tantos outros –, não está conseguindo se projetar como grande fornecedor no mercado internacional.
O Estado do Ceará, que não tem plantada uma única palmeira da espécie – a não ser, talvez, como peça ornamental de algum jardim doméstico –, já é hoje o maior exportador brasileiro de suco de açaí para o exterior. A polpa congelada vai para uma indústria cearense, em tambores e embalagens plásticas de 25 kg. Lá o produto é processado industrialmente, adicionado a outros sabores, acondicionado em embalagem própria e a seguir embarcado para importadores dos Estados Unidos, da União Europeia e do Oriente Médio.
A informação é da presidente do Sindicato das Indústrias de Frutas e Derivados do Estado do Pará (Sindfrutas), Solange Mota. De acordo com a dirigente sindical, a indústria “Dafruta” é hoje a principal cliente dos produtores paraenses de açaí em polpa. E esse é um negócio que só tende mesmo a crescer, já que a indústria cearense compõe hoje, depois de sua fusão com uma antiga concorrente, a maior empresa do setor no mercado brasileiro.
O que aconteceu foi que a Maguary, antiga líder de mercado de sucos concentrados, juntou-se com a Dafruta, que era a vice-líder. Dessa união resultou a EBBA, Empresa Brasileira de Bebidas e Alimentos S/A, uma empresa que já nasceu com o maior mix de sabores de sucos concentrados do mercado brasileiro. Unificadas, elas decidiram ampliar os investimentos no mercado e no desenvolvimento de novos produtos.
Nesse novo cenário, o açaí tem uma posição de destaque. Ele está presente no portfólio da EBBA/Dafruta compondo a embalagem Premium de um litro que a empresa exposta em dez diferentes sabores. Sete deles são puros: manga, goiaba, laranja, caju, pêssego, uva e maracujá. Os outros três misturam diferentes sabores, sendo um de laranja com acerola, o outro de caju com laranja e, por fim, o açaí com guaraná e banana – algo que, para o paladar bem paraense, deve soar como uma espécie de heresia.
Apesar de ter a sua produção direcionada em boa parte para o mercado cearense, o açaí continua sendo, mesmo assim, o carro-chefe da fruticultura em suas operações com o mercado internacional, respondendo por mais de 90% do volume exportado, segundo dados de 2009. No ano passado, segundo o Sindfrutas, as exportações do Pará em polpas de frutas somaram US$ 27,9 milhões, para um volume comercializado de 11,3 mil toneladas. O Estado fechou o ano em terceiro lugar. Em segundo, com US$ 28,1 milhões, ficou Sergipe e, em primeiro, com avassaladora superioridade, o Estado de São Paulo, com US$ 1,7 bilhão.
Confira na íntegra:

Projeto 1 Milhão de Bíblias

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Secretário do organismo visita o Estado do Pará para entregar material
BRASÍLIA, terça-feira, 24 de agosto de 2010 (ZENIT.org) – O secretário geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Dimas Lara Barbosa, está em Abaetetuba (Pará, norte do país), para entregar kits do “Projeto 1 Milhão de Bíblias”.
Nesta terça-feira, o bispo visita a sede do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá) para divulgar a campanha.
Desenvolvida em parceria com a Comissão para a Missão Continental no Brasil, a campanha faz parte do projeto “O Brasil na Missão Continental”, que tem por objetivo entregar kits (Bíblia Infantil, Catecismo, ABC da Bíblia) para todos que não têm condições de comprar.
O tema da campanha é “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) e o lema “Discípulo e servidores da Palavra de Deus”.
A arquidiocese de Belém e as demais dioceses do Regional Norte 2 fizeram levantamento a partir desse projeto de evangelização e apresentaram números de quantas Bíblias precisariam receber. Só na diocese de Abaetetuba, por exemplo, foram entregues dez mil, segundo informa a CNBB.
Segundo os organizadores do projeto, alguns Regionais da Conferência episcopal terão prioridade no atendimento para receber os kits. Trata-se de localidades no norte, nordeste e centro-oeste do Brasil. O Regional Nordeste 4 (Piauí), foi o primeiro a receber o projeto. A Campanha foi lançada no dia 6 de março deste ano, em Teresina.
http://blog.bibliacatolica.com.br

Os territórios do tráfico desvendados

Das plantações da folha de coca na Colômbia, Bolívia e Venezuela, a droga transformada em pó, peteca ou pasta, chega ao Brasil via Itabatinga, no Amazonas. De lá, a mercadoria é transportada por rio a Abaetetuba, no Pará, e, em seguida, distribuída para todo o país. Em Belém, o produto vem pela Baía do Guajará até o rio Guamá e atravessa o Canal do Tucunduba, seguindo livremente em direção ao coração do bairro da Terra Firme.Essa é a rota descrita na “Geografia do Crime”, abordada na monografia de conclusão da especialização em Planejamento Urbano, que se ampliou, resultando em uma dissertação de mestrado defendida recentemente pelo geógrafo e pesquisador do Observatório de Estudos em Defesa da Amazônia, Aiala Colares. A pesquisa “Narcotráfico na Metrópole - das redes ilegais à ‘territorialização perversa’ na periferia de Belém” foi apresentada ao Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da UFPA e contemplou Colares com o prêmio “NAEA Monografias”, em 2008.O pesquisador se dedicou a analisar a relação do tráfico de drogas na periferia de Belém com as redes ilegais do narcotráfico na Amazônia de um modo geral, considerando todo o sistema mundial de circulação e distribuição de drogas. Segundo o pesquisador, primeiro o tráfico chega de outros países nas áreas mais periféricas e mais problemáticas das cidades, onde se territorializa. Mas essa dominação não se dá de forma pacífica, e sim imposta. É o que Colares chama de “territorialização perversa”.“Em toda área controlada pelo tráfico, existem conflitos entre os grupos criminosos e os moradores que não aceitam o domínio do território, entre grupos criminosos rivais, entre grupos criminosos e a polícia...”, explica Aiala Colares. Em outras palavras, a “territorialização perversa” se refere à maneira como traficantes e moradores mantêm uma relação tensa, marcada, sobretudo, pela violência urbana.A partir dessa dinâmica, a pesquisa analisa a formação de uma rede social do crime, que se refere ao envolvimento da sociedade com a criminalidade diante da falta de assistência do Estado. “Por exemplo, para o jovem da periferia, a atuação no tráfico representa ‘prestígio social’, uma vez que ganha muito mais dinheiro com o comércio de drogas do que como assalariado”, destaca Colares. A atuação de jovens no comércio da droga se dá principalmente na distribuição para outros bairros e como “soldados do tráfico”, que são aqueles que recebem para matar integrantes de facções rivais, delatores ou usuários inadimplentes.
Leia na íntegra:

Conselheiros de Abaetetuba participam de formação sobre direitos de crianças e adolescentes

Ação faz parte do projeto da Associação Nacional dos Centros de Defesa para fortalecer a comunidade de Abaetetuba e evitar episódios como o da menina presa com homens em 2007

Começa nesta segunda-feira, 30, a Formação de Conselheiros de Abaetetuba, ação que prevê a atualização dos conselheiros de Abaetetuba e municípios da região (Igarapé Miri, Barcarena, entre outros) sobre direitos de crianças e adolescentes. Cerca de 100 pessoas estão confirmadas para participar da formação, que é voltada também para profissionais da área da saúde, educação, etc.

A formação vai reunir temas diversos como a história social da infância no Brasil, as mais recentes alterações do Estatuto da Criança e do Adolescente, o papel da Polícia, do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública no sistema de proteção de crianças e adolescentes, o direito de participação de crianças e adolescentes nos assuntos que lhes dizem respeito, o orçamento criança e os fundos da política da infância, etc.

A formação começa na segunda-feira e vai até sexta-feira. Entre os palestrantes está o coordenador do Disk Denúncia Nacional, Joacy Pinheiro, além de um dos coordenadores da Associação Nacional dos Centros de Defesa (Anced), Antônio Pedro Soares. Além deles, participam da formação técnicos dos cedecas Ceará, Emaús, Bento Rubião e Rio de Janeiro.
A ação faz parte do Projeto de Intervenções Exemplares, coordenado pela Anced e que tem o “caso Abaetetuba” como um das linhas de ação, prevendo a defesa jurídica da adolescente e de sua família, bem como o fortalecimento da comunidade onde o fato ocorreu, como forma de evitar novas violações.

http://www.cedecarj.org.br/noticias/60

SEMA ENCONTRA INFRAÇÕES AMBIENTAIS EM ABAETETUBA E APA DO COMBU

Duas serrarias clandestinas e uma embarcação que transportava oito metros cúbicos de madeira foram autuadas na Área de Proteção Ambiental (APA) do Combu durante fiscalização da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará), nesta quinta-feira (19) e sexta-feira (20).

A rede atravessava a região conhecida como Furo Grande, próximo a Ilha das Onças. As serrarias estavam localizadas às margens dos rios, produzindo resíduos na localidade.

No mês de agosto, a equipe de fiscais da Sema ainda realizou uma operação no período de 10 a 17, quando foram apreendidas três redes ilegais de pesca e lavrados mais três autos de infração para os proprietários de terrenos onde igarapés estavam sendo barrados.

Uma das redes atravessava de uma ponta à outra um dos braços do Rio Maracapucu, que percorre a cidade de Abaetetuba, nordeste paraense. As outras duas não atendiam as normas de 7 cm nos entrenós opostos.

No caso dos igarapés, o proprietário de um dos terrenos tinha iniciado uma barragem para fazer uma piscina natural e outro para uso particular. Em um deles já estava desmatada a mata ciliar, que é a vegetação localizada às margens de rios, córregos, lagos, represas ou nascentes, considerada área de preservação permanente, explicou o engenheiro de pesca da Sema, David Luz. Os rios fiscalizados em Abaetetuba foram Maracapucu, Maratauira, Sacoeira Mirim, Tucumanduba, Tucumandubazinho e Arumanduba.

http://www.orm.com.br/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=486104

DICIONÁRIO PAPACHIBÉ

Dicionário criado por Raymundo Mário Sobral já reúne mais de 1.500 expressões populares na região

Conversa daqui, conversa dali. É quase impossível, no uso da linguagem cotidiana, não usar expressões populares de cada região. Em Belém, inúmeras palavras surgem deslocadas de seu contexto original e ganham novo significado para usos diversos. Pois a linguagem é assim, dinâmica e muda constantemente. Atento a este fenômeno lingüístico, o jornalista e colunista do DIÁRIO DO PARÁ Raymundo Mário Sobral lança a quarta edição do livro “Dicionário Papachibé”.

Já são mais de 1.500 palavras e expressões catalogadas – algumas estão em desuso e outras foram incorporadas com o passar dos anos, já que o primeiro volume foi lançado em 1996.

As palavras aparecem em ordem alfabética, com sua devida significação popular. Um pequeno texto, quase sempre uma situação cômica, com exemplo de uso do termo, serve para orientar os leitores. Com três volumes e nove edições, o autor já vendeu mais de dez mil livros. O número é motivo de orgulho.

“Para um autor paraense é muita coisa, motivo de pavulagem. Para mim significa o interesse das pessoas pela nossa linguagem. Tem até um certo sentido didático, já que se não publicarmos essa expressões em um livro, elas vão desaparecendo”, diz.

A ideia de conceber um dicionário com termos do “paraensês” surgiu justamente de uma conversa, informalmente. Naquele ano, Sobral conversava com seu amigo Hiroshi Yamada e, durante o bate-papo, uma dessas expressões peculiares foi dita. Foi então o pontapé para ambos começarem a lembrar de uma infinidade de outras palavras e frases que costumavam ouvir.

“Rapidamente nos desafiamos sobre quem se lembrava de mais palavras. E contamos 30”, diz. E o amigo deu a ideia: começar a publicá-las na coluna Jornaleco. Da reunião das palavras já publicadas surgiu o primeiro volume do Dicionário Papachibé, que vendeu seis mil exemplares em seis edições.

A pesquisa e a publicação de termos continuaram e foram lançados mais dois volumes. Os leitores sempre ajudam, sugerindo novas palavras. Além disso, Raymundo Sobral costuma pesquisar também em livros da literatura regional, em obras de autores como Dalcídio Jurandir, Lindanor Celina e Benedicto Monteiro. Mas, longe de querer parecer filólogo ou lingüista, Sobral assume-se como um mero “linguajista”, apaixonado pelas falas das ruas, dos bairros e dos mocós mais remotos.

“O objetivo do livro é perenizar, preservar modestamente essas expressões. Muitas são da capital, mas existem expressões de Abaetetuba e da Ilha do Marajó”, diz o autor.

Confira algumas expressões:

AGUADA - Pessoa sem graça.
BATER NO XARQUE - Manter uma relação sexual.
CAIXA BOZÓ - Um lugar remoto, muito longe.
DESINCAIPORAR - Superar a má sorte.
ESQUENTAR A MORINGA - Ficar chateado.
FURICO - O mesmo que traseiro, bumbum.
GUARASUCO - Apelido que se dá a quem está em todas.
INHACA - Cheiro ruim.
LEVOU O FARELO - O mesmo que se dar mal.
MAMAR NA ONÇA - Condição de quem se casa com uma mocréia.
PEGAR O BECO - Bater em retirada.
QUIQUIRICOU - Caiu, levou um tombo.
TE ACOLHIA NA MINHA ILHARGA - Vem pra cá, aproxime-se.
UM ALHO - Pessoa afoita, muito agitada.
XEXELÉU - Qualificação de quem é subserviente, o popular puxa-saco.
Fonte: Diário do Pará