sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O ESPAÇO É DO LEITOR!

O Texto, na íntegra, merecidamente trazido para a primeira página, é um comentário do Leitor "Miguel", sobre a postagem "UM HOMEM DE CORAGEM OU COMO QUEIRAM CLASSIFICAR..."
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"O jogo político é assim mesmo, não se tem inimigos ou amigos, mas sim adversários e aliados e dependendo da conjuntura e dos interesses, partidos políticos e os próprios políticos podem aliar-se a seus adversários. Quem um dia poderia supor que o PT e o PMDB formariam uma chapa, ou que quadros do PSOL seriam simpáticos a quadros aliados ao PSDB. Em Minas Gerais acontece algo mais impressionante a aliança entre PT e PSDB, foi assim nas eleições municipais de 2008, o Governador Aécio Neves (PSDB) e o Prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT) apoiaram juntos um candidato do PSB a prefeitura da capital mineira.
Os mais novos, talvez não saibam, mas Lula no final da década de 70 era cabo eleitoral de Fernando Henrique Cardoso, e este e o PSDB apoiaram Lula no 2 turno das eleições presidenciais de 1989, a qual foi vencida por Fernando Collor, que saiu do governo acusado de corrupção, mas hoje é base de governo de Lula.
No Pará tivemos em 2006 o apoio de Jader Barbalho ao PT "adversários históricos" e atualmente Gerson Peres (PP), "aliado histórico do PSDB" está junto com Ana Júlia (PT) que também tem apoio de Duciomar Costa que nas eleições de 2004 foi apoiado por Simão Jatene (PSDB) contra a própria Ana Júlia, que quando foi candidata ao Senado Federal em 2002 era aliada de José Nery, hoje no PSOL e adversário do PT.
Futuramente poderemos ver novos arranjos, vocês já imaginaram Lula, presidente e Serra, vice em uma mesma chapa; ou Jatene, governador e Ana Júlia vice; ou ainda Luiz Lopes, prefeito e Francineti, vice, ou vice e versa, Francineti, prefeita e Luiz Lopes, vice. Legal, a brincadeira, também podemos ter Nery, prefeito e Pipico, vice; Pipico, prefeito e Chita, vice; Francineti, prefeita e Nery, vice; Luiz Lopes, prefeito e Ronald, vice ou ainda Ronald, prefeito e Pipico, vice. Parece brincadeira, mas são possibilidades.
As vezes vou assistir o pôr-do-sol na frente da cidade e fico imaginando um secretariado multipartidário quem sabe o PSDB na assistência; o PT na educação; o PSOL na saúde; o PMDB na administração. Já tivemos e temos secretários competentes em alguns setores, pois viveram em governos diferentes, já pensaram se trabalhassem juntos....
Conclusão: A política partidária é um processo em constantes mudanças e que bom! Pois isso contribui para a evolução do pensamento das pessoas que aprendem que quem um dia foi seu adversário, pode ser seu aliado e quem sabe se a solução para nossos problemas não seria a aliança de todos os partidos políticos trabalhando juntos pelo bem do povo, pois é melhor viver na UNIDADE do que "partidos"".
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Do Folha de Abaetetuba: Achei o texto muito interessante, e vocês?
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domingo, 22 de agosto de 2010

Espaço Democratico do Leitor!

Recebemos e-mail do Leitor Haroldo Felgueiras Pantoja, solicitando ao Blog a publicação de uma reportagem, conforme segue:

Boa tarde, sabendo que seu blog permite que as pessoas se expressem democraticamente, gostaria se possível que divulgasse esta entrevista concedida pelo Presidente da Confederação Nacional dos Municípios. Nela ele comenta sobre as dificuldades financeiras que atinge grande parte dos municípios brasileiros, causando transtornos as suas populações. Abaetetuba, esta incluída neste contexto de dificuldades. O grande broblema é o repasse do Fundo de Participação dos municípios (FPM), o qual, nos últimos meses vêm decaíndo. Obrigado, Haroldo Pantoja.
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Segue, então, a entrevista:
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Em entrevista, Ziulkoski fala das dificuldades enfrentadas pelos Municípios
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O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, concedeu entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, nesta terça-feira, 10 de agosto. Além de falar sobre as previsões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que não são otimistas, Ziulkoski conversou sobre outras dificuldades enfrentadas pelos Municípios.

Ele explicou que a maioria dos Municípios, aproximadamente 4.500, tem o FPM como principal fonte de receitas. “Esses Municípios não têm base urbana, não têm valor agregado, é do FPM que sobrevivem”, destacou. Sobre as desonerações tributárias feitas pelo governo, fez uma crítica: “Porque a União não faz desonerações na Cofins, em outra contribuição dela? Isso tudo é autorizado pelo Congresso Nacional, que se diz defensor dos Municípios”, lamentou.

Ziulkoski falou sobre a aflição dos prefeitos com as previsões do FPM, cada vez menos animadoras. No início do ano, a previsão era de R$ 58 bilhões, mas já caiu para R$ 53 bilhões. “E o aumento do salário mínimo? Da inflação? Do piso do Magistério Público? Como o prefeito fecha as contas e cumpre as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal?”, indagou.

Ele destacou que, diante dessas dificuldades, a mídia e muitos cidadãos culpam os prefeitos e dizem que os problemas são resultado da incompetência deles. “Mas ninguém conhece o drama vivido pelos Municípios em que a União fica com a maioria dos recursos e só chama os Municípios para repassar mais atribuições”, afirmou.

Questionado pelo repórter sobre uma possível solução, Ziulkoski destacou que, infelizmente, falta conhecimento à população. “O dinheiro que o cidadão paga em tributos, não sabe para quem está pagando. Esses valores deveriam se reverter em benefícios para ele, se cada ente da federação assumisse as suas atribuições", falou.

Outra observação de Ziulkoski refere-se à necessidade de construir uma parceria de verdade entre os entes. “Parceria é andar junto, construir junto, cada um assumindo as suas atribuições, civilizadamente, com respeito um ao outro, transparência”, disse. Para o presidente da CNM, a União faz o contrário, explora os Municípios.

Fiscalização Ziulkoski também falou sobre o processo de fiscalização desenvolvido pela Controladoria-Geral da União (CGU). Ele elogiou e reconheceu a importância do trabalho, mas sugeriu que o sistema seja estendido, além dos pequenos Municípios, às médias e grandes cidades, aos governos estaduais e à União.