O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana. O livro de Platão traduzido como "A República" é, no original, intitulado "Πολιτεία" (Politeía).
Na nossa outrora Terra da Cachaça, hoje cidade do Brinquedo de Miriti, a Politeía (política) anda a mil por hora. Então, vamos depressa analisar o cenário político da última “volta”, considerando é claro que a carruagem está andando. Neste contexto, o que é certo hoje poderá ser errado amanhã e vice versa.
Iremos nos deter no resultado das duas últimas eleições (2008 e 2010) para contextualização dos prováveis candidatos.
Em 2008, concorreram na ordem de melhor desempenho:
1º. Francineti (PSDB) e Ronald (PV);
2º. Luiz Lopes (PT) e Afonso Sarges (PTB);
3º. Zé Miguel (PR) e Tia Biga (DEM);
4º. Vicente Maciel (PMDB) e João de Deus (PDT)
5º. Guilherme (PSOL) e Raimundinho (PSOL).
As articulações atuais indicam que nenhuma dessas duplas irão se repetir em 2012.
Nas eleições de 2010, que foram eleições estaduais e federais, tivemos como destaque a eleição do Deputado Federal Miriquinho Batista (PT). Outros nomes de representantes “Abaetetubenses” que participaram, com coragem, das eleições (em ordem alfabética) foram:
- Antônia Botelho (PC do B) - Deputada Estadual
- Cláudio Rodrigues (PSC) - Deputado Estadual
- J. Lino (PRB) - Deputado Estadual
- José Nery (PSOL) - Deputado Estadual
- Pipico (PT) - Deputado Estadual
- Vicente Maciel (PMDB) - Deputado Federal
- Vieirinha (PSB) - Deputado Estadual
Alguns fatos do cenário atual:
Desgaste evidente do governo municipal e, consequentemente, do PSDB e da atual prefeita, ao que tudo indica tentará a reeleição. O partido articula uma chapa forte no proporcional, com nomes já tarimbados (para o bem e para o mal) em eleições anteriores. O partido tem a força da máquina municipal e estadual. Entretanto, terá de “nadar contra a maré” de uma administração apagada.
O PT encontra-se em articulação. O principal representante para tentar aproximar o partido da máquina federal seria o Deputado Miriquinho, que até o momento ainda não demonstrou a sua força política. O ex-prefeito Luiz Lopes seria o nome natural e mais forte para concorrer às eleições. Também deverá “nadar contra a maré” para tentar apagar a imagem ainda desgastada, construída pelos dirigentes partidários de sua administração, que ainda o cercam.
O PSOL tenta viabilizar a candidatura do ex-senador José Nery. O momento talvez seja o mais propício para “rachar” a polarização das últimas eleições municipais. O PSOL é um partido experiente de outras eleições, deve imaginar que sozinho não chegará a lugar algum, por isso deve tentar a aproximação natural com partidos de centro e de esquerda, que não estejam, digamos, “à venda”, o que também constitui um verdadeiro “nado contra a maré”.
Além do PSOL, que concorreu nas últimas eleições com candidatura a deputado estadual, o PSC parece pretenso a lançar uma candidatura a prefeito. Os indicativos demonstram que o nome natural do partido seria o de Cláudio Rodrigues. Dos candidatos, talvez o nome com menos rejeição, entretanto, também deverá “nadar contra a maré” para viabilizar recursos financeiros fartos para uma possível campanha majoritária, já que o partido provavelmente nunca concorreu ao pleito.
Também existe a possibilidade do lançamento de outros nomes como: Zé Miguel (PR), Afonso Sarges (PTB), Pedro Negrão (PSB), João de Deus (PMN), Arnaldo Sereni (PSL), Raí Lima (PMDB), Ronald (PPS), entre outros. Sabe-se que ainda há muito tempo até as eleições e que a conjuntura política mudará a cada mês, com novos atores no cenário municipal e muitas articulações. Contudo, parece haver consenso de que o momento seria o mais oportuno para romper a chamada “polarização política” em Abaetetuba. Para isso, ainda há de se “nadar muito contra a maré”!
Na próxima avaliação, estaremos abordando o cenário das proporcionais!