Do Valor Econômico (Por Paulo de Tarso Lyra)
Jader, que no fundo não se sentia muito atraído a concorrer novamente ao governo paraense (cargo que já ocupou duas vezes) admitiu pressões do Planalto e da direção nacional do PMDB
PT e PMDB no Pará estão mais próximos de um acordo após a decisão do deputado Jader Barbalho de concorrer ao Senado, abrindo mão de competir ao governo estadual. Jader, que no fundo não se sentia muito atraído a concorrer novamente ao governo paraense (cargo que já ocupou duas vezes) admitiu pressões do Planalto e da direção nacional do PMDB - especialmente após a confirmação da candidatura de Michel Temer (SP) como vice na chapa presidencial da petista Dilma Rousseff.
A união só não foi ainda sacramentada porque setores do PMDB paraense nutrem profunda aversão pela governadora Ana Júlia (PT-PA) e recusam-se a apoiá-la para a reeleição. Na noite de quinta, como uma maneira de marcar posição, o diretório local apresentou o nome do presidente da Assembleia Legislativa Estadual, Domingos Juvenil (PMDB), como pré-candidato do partido ao governo estadual.
O impasse paraense foi incluído no rol dos problemas nevrálgicos a serem resolvidos na coligação nacional PT-PMDB. A campanha de Dilma precisa dos votos da região Norte para compensar possíveis reveses no Sudeste e Sul. Os petistas sabem também que é impossível êxito no Estado sem uma aliança firmada com Jader. “Ninguém se elege no Pará sem o PMDB. E o PMDB aqui é Jader”, resumiu um líder do PMDB.
A expectativa é que nova reunião, envolvendo Jader, os presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), do PT, José Eduardo Dutra (PT-SE) e o ministro da Coordenação Política, Alexandre Padilha, aconteça após o feriado de Corpus Christi.
Jader e Ana Júlia reuniram-se duas vezes nos últimos dez dias, sempre na casa do pemedebista. No primeiro encontro, realizado no dia 21, discutiram o projeto que autorizava um empréstimo de R$ 366 milhões do BNDES para o governo paraense como contrapartida às obras do PAC. Jader prometeu à governadora que a obstrução feita pelo PMDB, apoiada pelo PSDB e pelo DEM, seria retirada, facilitando a aprovação.
O PMDB cumpriu o acordo, mas diminuiu os poderes de Ana Júlia. Uma emenda apresentada pela bancada pemedebista fez com que a distribuição dos recursos não ficasse centralizada no governo estadual, pulverizando as verbas pelos municípios - o PMDB governa 42 cidades, sendo a principal força municipal paraense, seguido pelo PT com 25.
Na manhã da segunda 24, houve nova reunião entre Jader e Ana Júlia, com a presença de alguns aliados, como o deputado estadual Parsifal Pontes (PMDB). Nesse encontro, Jader sinalizou a Parsifal a possibilidade de uma retomada das conversas com o PT, incluindo a candidatura a vice-governador e a recomposição do espaço perdido pelo PMDB, voltando o desenho da coalizão ao formato original de 2006.
Jader, que no fundo não se sentia muito atraído a concorrer novamente ao governo paraense (cargo que já ocupou duas vezes) admitiu pressões do Planalto e da direção nacional do PMDB
PT e PMDB no Pará estão mais próximos de um acordo após a decisão do deputado Jader Barbalho de concorrer ao Senado, abrindo mão de competir ao governo estadual. Jader, que no fundo não se sentia muito atraído a concorrer novamente ao governo paraense (cargo que já ocupou duas vezes) admitiu pressões do Planalto e da direção nacional do PMDB - especialmente após a confirmação da candidatura de Michel Temer (SP) como vice na chapa presidencial da petista Dilma Rousseff.
A união só não foi ainda sacramentada porque setores do PMDB paraense nutrem profunda aversão pela governadora Ana Júlia (PT-PA) e recusam-se a apoiá-la para a reeleição. Na noite de quinta, como uma maneira de marcar posição, o diretório local apresentou o nome do presidente da Assembleia Legislativa Estadual, Domingos Juvenil (PMDB), como pré-candidato do partido ao governo estadual.
O impasse paraense foi incluído no rol dos problemas nevrálgicos a serem resolvidos na coligação nacional PT-PMDB. A campanha de Dilma precisa dos votos da região Norte para compensar possíveis reveses no Sudeste e Sul. Os petistas sabem também que é impossível êxito no Estado sem uma aliança firmada com Jader. “Ninguém se elege no Pará sem o PMDB. E o PMDB aqui é Jader”, resumiu um líder do PMDB.
A expectativa é que nova reunião, envolvendo Jader, os presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), do PT, José Eduardo Dutra (PT-SE) e o ministro da Coordenação Política, Alexandre Padilha, aconteça após o feriado de Corpus Christi.
Jader e Ana Júlia reuniram-se duas vezes nos últimos dez dias, sempre na casa do pemedebista. No primeiro encontro, realizado no dia 21, discutiram o projeto que autorizava um empréstimo de R$ 366 milhões do BNDES para o governo paraense como contrapartida às obras do PAC. Jader prometeu à governadora que a obstrução feita pelo PMDB, apoiada pelo PSDB e pelo DEM, seria retirada, facilitando a aprovação.
O PMDB cumpriu o acordo, mas diminuiu os poderes de Ana Júlia. Uma emenda apresentada pela bancada pemedebista fez com que a distribuição dos recursos não ficasse centralizada no governo estadual, pulverizando as verbas pelos municípios - o PMDB governa 42 cidades, sendo a principal força municipal paraense, seguido pelo PT com 25.
Na manhã da segunda 24, houve nova reunião entre Jader e Ana Júlia, com a presença de alguns aliados, como o deputado estadual Parsifal Pontes (PMDB). Nesse encontro, Jader sinalizou a Parsifal a possibilidade de uma retomada das conversas com o PT, incluindo a candidatura a vice-governador e a recomposição do espaço perdido pelo PMDB, voltando o desenho da coalizão ao formato original de 2006.
Do Folha de Abaetetuba: O que vocês acham?
1 Comment:
Baeté,
essa leitura política, se publicada há dez dias, faria todo sentido, mas, hoje, me parece totalmente extemporânea.
O PMDB já anunciou sua decisão, pelo menos no que diz respeito ao primeiro turno. Anunciar nova composição seria galhofa e cairia no descrédito, e não creio que Jader, com a experiência que tem, cometa tamanha gafe.
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