segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Entrevista com o novo presidente da Cáritas brasileira

Por Luiz Fernandes

Com muitos trabalhos desenvolvidos no lado social, o bispo de Abaetetuba, Dom Flávio Giovenale, foi eleito no dia 11 de novembro o novo presidente da Cáritas brasileira. Sacerdote, católico da ordem dos salesianos, originário da cidade de Murello, Itália, Dom Flávio nasceu no dia 6 de maio de 1954 e chegou à Amazônia em 1974. Como Bispo exerceu o cargo de Secretário Executivo nos anos de 1999 a 2003 e foi Presidente de 2004 e 2007 do Regional Norte 2 da CNBB. Este ano, Dom Flávio foi eleito também a assumir, pela segunda vez, o cargo de Secretário Executivo da CNBB Norte 2.

SITE: O que essa nomeação representa para o senhor?

DOM FLÁVIO: Representa um compromisso maior com as cidades que possuem a Cáritas.

SITE: A que o senhor atribui esse resultado?

DOM FLÁVIO: Eu tive 63% dos votos e atribuo o resultado disso ao reconhecimento em nível nacional da Cáritas de Belém. Depois do crescimento da Cáritas daqui o nome do Pará começou a ser cogitado. Além disso, eu já possuía contato com os membros da instituição. Acredito que tenha sido escolhido, também, pela minha presença lá.

SITE: O senhor já era envolvido com atividades sociais na Diocese de Abaetetuba?

DOM FLÁVIO: Elas são muitas, mas eu destaco os atendimentos médicos para a população das ilhas e as escolas públicas que são administradas e construídas pela Diocese.

SITE: Como foi essa disputa?

DOM FLÁVIO: No total, 117 delegados participaram do processo de eleição. Eu recebi 74 votos e Dom Guilherme Werlang, da Diocese de Ipameri (GO), ficou com 43. Cada regional apresentou 2 candidatos. Aqui, indicaram o Dom Bernardo, da Diocese de Óbidos, e eu. No final, éramos três disputado em nível nacional, e, eu venci.

SITE: Há alguma exigência para ser um presidente da Cáritas?

DOM FLÁVIO: A exigência para ser um presidente é a de que o cargo seja ocupado por um bispo.

SITE: E como ficarão suas atividades na Diocese de Abaetetuba?

DOM FLÁVIO: Eu vou ter de conciliar as atividades da Diocese de Abaetetuba com os trabalhos na presidência, mas acredito que conseguiremos trabalhar bem, pois dividiremos o trabalho. Há, além de mim, uma vice-presidente e diversos outros companheiros. Eu continuarei morando em Abaetetuba e me deslocarei esporadicamente aos outros estados para resolver alguns assuntos.

SITE: E o seu cargo de secretário executivo da CNBB Norte 2?

DOM FLÁVIO: O novo cargo não me atrapalhará nesse cargo. Acredito que eu vou conseguir conciliar tudo.

SITE: Como e quando iniciou o seu interesse pela Cáritas?

DOM FLÁVIO: O meu interesse pela Cáritas começou logo quando eu fui nomeado bispo. Eu já trabalhei com a Pastoral Vocacional, mas sempre gostei do lado social.

SITE: Qual será o diferencial desse novo trabalho?

DOM FLÁVIO: O diferencial será, em relação aos outros, a dimensão nacional.

SITE: Qual será o seu foco como presidente?

DOM FLÁVIO: Meu foco e minhas metas na nova missão serão o cumprimento da diretriz estabelecida na última Assembleia Nacional, que ocorreu no período de 9 a 12 de novembro. Essa diretriz diz exatamente assim: ‘compromisso com a construção do desenvolvimento solidário sustentável e territorial, na perspectiva de um projeto popular de sociedade democrática’.

http://www.arquidiocesedebelem.org.br/interno/preview_abrir_noticia.php?noticiaid=420&linkid=68&categoriaid=3


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL

LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO

Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.
Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.
Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.
Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.
Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.
Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
9. Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO- 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México , são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é 1º maior mercado de jatos e helicópteros executivos do mundo.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?
6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando..

É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!

Fé Abaetetubense






FOTOS: Angelo Paganelli e Padre Renilson

domingo, 27 de novembro de 2011

Pesquisa Datafolha antecipa derrota dos separatistas

Ronaldo Brasiliense

A diferenca superior a 30 pontos percentuais a favor do Não na campanha para dividir o estado do Pará foi uma ducha de água fria nos ânimos dos separatistas.

As derrotas dos estados de Carajás e Tapajóss no plebiscito do dia 11 de dezembro mostram que o marqueteiro baiano Duda exagerou na dose em seus ataques à auto-estima de todos os paraenses, de todas as regiões.

A pesquisa Datafolha sobre o plebiscito do Pará foi exibida a 15 dias da votação e deixa pouca margem de manobra para uma reviravolta até 11 de dezembro.

Os mais de 30 por cento contra a divisão do Pará representam mais de um milhão de votos, diferenca dificil de ser tirada em 15 dias.

A propaganda do Sim em favor da criação de Carajás e Tapajós teria que conquistar quase 100 mil votos por dia para tentar virar o jogo o que a essa altura do campeonato, convenhamos, é tarefa hercúlea.

Para se ter idéia do montante de votos quie representam 30% do eleitorado, a diferença a favor de um Pará sem divisão representa mais que todo o eleitorado do hipotético estado de Carajás.

A propaganda agressiva imposta por Duda Mendonça no horário de propaganda eleitoral não surtiu efeito nos 1,5 milhão de eleitores de Belém e região metropolitana.

A pergunta que não quer calar que nunca foi respondida por Duda Mendonça e sua equipe de marqueteiros importados sempre foi: o que ganham os 980 mil eleitores de Belém com a divisão do Pará?

E o que ganham os eleitores de Ananindeua, Marituba, Santa Izabel, Santa Barbara, Benevides e Castanhal com a divisão do Pará?

E o que ganham os habitantes de Capanema, Bragança, Vigia, Colares, Maracanã, Marapanim, Marudá, São João de Pirabas, Nova Timboteia e Salinópolis com o separatismo?

E o que ganham os eleitores de Peixe-Boi, Ourém, Paragominas, Dom Eliseu e Rondon do Pará com a divisão do estado?

E o que ganham com a criação de Carajás e Tapajóss os habitantes de Barcarena, Abaetetuba, Igarapé Mirim e Moju?

Duda Mendonça pode ser bom de marketing, mas deve ser ruim de conta: comprimir 4,8 milhôes de almas paraenses em 18 por cento do território não dá para engolir!

Agora, meus amigos de Carajás e Tapajóss, Inêss é morta! Tarde demais, até a próxima!

Boa viagem de volta à Bahia de Dorival Caymmi, Duda Mendonça!

Fonte: http://www.oparaense.com.br/

sábado, 26 de novembro de 2011

VENHA PASSAR O CÍRIO EM ABAETETUBA!

No mapa, você tem os caminhos para a Pérola do Tocantins!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Círio 2011

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Colaboração do Blog do Prof. Ademir Rocha, de Abaetetuba/Pa
Um dos melhores Blogs sobre Abaetetuba: Confira neste LINK


PARABÉNS!!!

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Fazenda Pica-Pau

Eleita pelo Ministério da Agricultura, em Brasília, como modelo de estrutura, a fazenda Pica-Pau está localizada no município de Abaetetuba, Pará, Brasil.
De propriedade da Portal do Boi, a fazenda teve a construção de seu refeitório concluída em julho. Cerca de 80 pessoas, entre funcionários e prestadores de serviços, fazem refeições no local. Terá também um alojamento, que está em fase final de obras, e será entregue ainda em 2011, no mês de dezembro.
O curral de embarque atende a todas as adequações necessárias para operar com a exportação de gado vivo.

Localização:
Fazenda Pica-Pau
PA 150, km 89
Abaetetuba, Pará - Brasil

União cobra R$ 15 milhões de descendentes de escravos

Depois de mais de uma década de reivindicações, nove comunidades quilombolas da região de Abaetetuba, a 55 quilômetros de Belém, conseguiram reconhecer em 2002 a titularidade coletiva de uma área de 11 mil hectares, por meio de um registro no Instituto de Terras do Pará (Iterpa). São descendentes de escravos que fugiram dos engenhos de cana-de-açúcar e se instalaram nas cabeceiras de rios, como o Tocantins. Um século depois da Lei Áurea, a Constituição Federal garantiu a esses grupos a posse das terras que habitam.

Mas os cinco mil moradores das comunidades de Abaetetuba não esperavam que, regularizada a titularidade, receberiam, quatro anos depois, uma cobrança milionária da Receita Federal. "Temos uma dívida maior que nós mesmos", diz Edilson Costa, coordenador da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos de Abaetetuba (Arquia), que reúne os grupos afetados.

Corre na 1ª Vara Cível de Abaetetuba um processo de execução fiscal de R$ 15 milhões, em valores atualizados, contra a Arquia. Ao contrário das terras indígenas, de propriedade da União, as áreas quilombolas são registradas em títulos imobiliários, emitidos em nome de associações formadas pelas próprias comunidades.

A Fazenda Nacional quer que os descendentes de escravos arquem com o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), numa dívida que remontaria ao ano de 2003. O argumento do Fisco é que a lei do ITR (Lei nº 9.393, de 1996) não inclui as terras quilombolas entre aquelas isentas do imposto. No processo de execução, a Fazenda pede inclusive a penhora de bens das comunidades - no caso, a própria terra.

A notícia da cobrança foi recebida entre os quilombolas com apreensão. As 1,2 mil famílias residentes nas comunidades de Abaetetuba vivem principalmente do extrativismo, tendo o açaí como carro-chefe, além da pesca. A renda de cada unidade familiar é inferior a um salário mínimo. "Pensamos que as portas estariam abertas para nós a partir da hora em que as terras fossem regularizadas. Mas a dívida veio exatamente com a regularização", diz o coordenador da Arquia. A situação irregular com a Receita impossibilita a obtenção de financiamentos para a produção agrícola e benefícios para projetos federais de habitação, como o Minha Casa Minha Vida.

Representantes comunitários contam que, na tentativa de resolver o problema, bateram às portas da Defensoria Pública, do Ministério Público e da própria Receita Federal, mas sem sucesso. Com a intermediação da Comissão Pró-Índio, de São Paulo, a causa da Arquia foi assumida por um grande escritório de direito empresarial do Rio de Janeiro, em um caso pro bono.

"É verdade que poderia haver uma isenção expressa na legislação para as terras quilombolas, como há para as comunidades indígenas", afirma o advogado Luiz Gustavo Bichara, do Bichara, Barata, Costa & Rocha Advogados, que defende a comunidade quilombola na Justiça. Mas, segundo ele, isso não significa um vácuo na legislação tributária. "As terras quilombolas são áreas de reserva legal. E a lei do ITR prevê a não incidência do imposto sobre as áreas de reserva."

O advogado argumenta que, além da discussão legal, o reconhecimento das terras quilombolas e sua titulação é uma dívida histórica da União. O artigo 68 da Constituição diz que os "remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras" terão reconhecida "a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos". Mas a cobrança do ITR, segundo Bichara, tornaria esse reconhecimento inviável. "A União dá com uma mão, mas tira com a outra. Estão cobrando de pessoas que não têm riqueza alguma."

Os residentes de Abaetetuba não são os únicos afetados. Em Oriximiná, na região do Baixo Amazonas, no Noroeste do Pará, outras sete comunidades receberam uma cobrança de R$ 2 milhões, em valores não atualizados.

Apesar de haver no Brasil 1.715 comunidades quilombolas certificadas (ou seja, delimitadas e protegidas), somente 110 títulos de terras foram concedidos até o momento, conforme a Comissão Pró-Índio de São Paulo. Segundo Carolina Bellinger, advogada da comissão, 60% das comunidades que detêm os títulos não declaram o ITR. No caso das comunidades de Abaetetuba e Oriximiná, o problema surgiu porque, na tentativa de cumprir suas obrigações, as associações declararam o imposto na condição de isentas. As declarações caíram na malha fina da Receita, que lançou a cobrança.

Por: Maíra Magro

www.valor.com.br

Dom Flávio Giovenale - Eleito novo presidente da Cáritas Brasileira

Dom Flávio Giovenale, da Diocese de Abaetetuba, no estado do Pará, foi eleito com 63% dos votos para ocupar o cargo de presidente da entidade nos próximo quatro anos. No total, 117 delegados participaram deste processo. Dom Flávio recebeu 74 votos e dom Guilherme Antônio Werlang, da diocese de Ipameri (GO), ficou com 43.

O processo eleitoral foi realizado durante o IV Congresso e XVIII Assembleia Nacional da Cáritas Brasileira realizado em Passo Fundo (RS).

Anadete Gonçalves Reis foi reeleita para a vice-presidência da entidade com 99% dos votos.

Perfil

O Bispo de Abaetetuba é sacerdote católico da ordem dos salesianos, originário da cidade de Murello, Itália, nascido no dia 06 de maio de 1954.

Estudou Filosofia no Instituto Salesiano de Filosofia e Pedagogia em Lorena, São Paulo entre os anos de 1975 e 1976 e Teologia no Instituto Teológico Pio XI, também em São Paulo, entre 1978 e 1981. Pós graduou-se na Universitá Pontificia Salesiana (Fac. Spiritualitá) em Roma (1984-1985).

Declarou seus votos religiosos em 8 de setembro de 1971 e sua ordenação Presbiteral ocorreu em 20 de dezembro de 1981 em Murello (Itália). Foi ordenado Bispo em 8 de dezembro de 1997 assumindo a Diocese de Abaetetuba.

Antes de ser nomeado Bispo, Dom Flávio Giovenale trabalhou na Pastoral Vocacional no Estado do Pará de 1982 a 1983, foi Reitor do Seminário Menor em Manaus (AM) entre os anos de 1986 a 1989, retornando novamente ao cargo de Reitor do Seminário Maior em Manaus durante um ano (1990-1991); foi Ecônomo da Província de 1992 a 1997 e Procurador Missionário para o Brasil nos anos de 1994 a 1997.

Como Bispo exerceu o cargo de Secretário Executivo nos anos de 1999 a 2003 e Presidente de 2004 e 2007 do Regional Norte 2 da CNBB. Este ano Dom Flávio foi eleito a assumir, pela segunda vez, o cargo de Secretário Executivo da CNBB Norte 2 .

Equipe de Comunicação Cáritas Brasileira

Vergonha!

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Uma vergonha esse tipo de serviço. E ainda colocaram a foto no site oficial da prefeitura. Quem é esse(a) ótimo(a) (des)assessor de imprensa?


Alunos protestam por educação de qualidade

Os alunos da Escola de Cidadania da Pastoral do Menor de Abaetetuba organizam, na manhã desta sexta-feira um ato público para reivindicar seu direito à educação. Os alunos farão caminhada partindo da Praça de Conceição até a 3º Unidade Regional de Ensino (URE) do município.

O ato foi pensado e organizado pelos alunos da escola e tem o propósito de exigir posicionamento do governo para garantir ensino de qualidade. Os jovens contaram com o apoio de professores e coordenadores da pastoral.

De acordo com Daniela Alves, aluna do 1º ano do ensino médio, cerca de trinta alunos estão participando da caminhada. “Com essa iniciativa queremos reivindicar nosso direito à educação e qualidade de ensino” afirma a jovem.

Os adolescentes apoiam o pagamento do piso salarial dos professores, mas exigem que a greve não os prejudique ainda mais. “O nosso calendário letivo já estamos muito atrasado. Entendemos e apoiamos as solicitações dos professores mas precisamos retomar as aulas” finalizou Daniela.

http://www.radiomargarida.org.br/2011/11/18/alunos-de-abaetetuba-protestam-por-educacao-de-qualidade/

Voltamos!

PODEM AVISAR: O MELHOR BLOG DO BAIXO TOCANTINS ESTÁ NO AR!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A artesã Nina Abreu, de Abaetetuba, participa do documentário Miriti-Miri, de Andrei Miralha

Como parte da programação de cinema dedicada ao público infantil no período do Círio de Nazaré, acontecerá na quarta-feira (12), quando se comemora o Dia da Criança, a Mostra Cineminha no Círio, a partir das 15h, no OI Cine Estação, com entrada franca. A mostra será aberta pelo longa metragem “O Achado de Plácido”, de Alexandre Silva, ficção que faz referência a Plácido José de Souza, o caboclo que achou a imagem da Virgem de Nazaré à margem do igarapé Murutucu, com vários elementos do imaginário local.

Em seguida será exibida a animação "O Rapto do Peixe Boi", de Cássio Tavernard e Rodrigo Aben-Athar, no qual o caranguejo, o camarão e candirus (peixe da Amazônia) partem em uma aventura para resgatar um amigo, o peixe-boi, responsável por transportar o "Pipipipiramutaba", uma grande aparelhagem de som.

O documentário Miriti-Miri, de Andrei Miralha, aborda as questões: De onde vêm os brinquedos de miriti? Quem faz? Como surgiram? Em imagens documentais, o filme focaliza este importante ícone da cultura paraense.

Ainda de Andrei Miralha serão exibidas as animações "Nossa Senhora dos Miritis" e "Admirimiriti". O primeiro se passa às vésperas do Círio de Nazaré, quando uma artesã de brinquedos de miriti tenta pagar a promessa de fazer sozinha uma procissão inteira em miriti. Mas, cansada, ela acaba dormindo e um milagre acontece. O segundo, mais conhecido pelo público, tem como cenário a Feira do Miriti, onde os brinquedos ganham vida e um boneco dançarino de brega perde a cabeça e a parceira. Sozinho, tenta brincar com outros brinquedos, mas um ato de coragem pode salvar seu dia.

Serviço: Cineminha no Círio. Dia 12 de outubro, a partir das 15h, no OI Cine Estação. Entrada franca.

Augusto Pacheco - Secult - http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=85470

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

“O ser humano é um animal político!”


O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana. O livro de Platão traduzido como "A República" é, no original, intitulado "Πολιτεία" (Politeía).

Na nossa outrora Terra da Cachaça, hoje cidade do Brinquedo de Miriti, a Politeía (política) anda a mil por hora. Então, vamos depressa analisar o cenário político da última “volta”, considerando é claro que a carruagem está andando. Neste contexto, o que é certo hoje poderá ser errado amanhã e vice versa.

Iremos nos deter no resultado das duas últimas eleições (2008 e 2010) para contextualização dos prováveis candidatos.

Em 2008, concorreram na ordem de melhor desempenho:

1º. Francineti (PSDB) e Ronald (PV);

2º. Luiz Lopes (PT) e Afonso Sarges (PTB);

3º. Zé Miguel (PR) e Tia Biga (DEM);

4º. Vicente Maciel (PMDB) e João de Deus (PDT)

5º. Guilherme (PSOL) e Raimundinho (PSOL).

As articulações atuais indicam que nenhuma dessas duplas irão se repetir em 2012.

Nas eleições de 2010, que foram eleições estaduais e federais, tivemos como destaque a eleição do Deputado Federal Miriquinho Batista (PT). Outros nomes de representantes “Abaetetubenses” que participaram, com coragem, das eleições (em ordem alfabética) foram:


- Antônia Botelho (PC do B) - Deputada Estadual

- Cláudio Rodrigues (PSC) - Deputado Estadual

- J. Lino (PRB) - Deputado Estadual

- José Nery (PSOL) - Deputado Estadual

- Pipico (PT) - Deputado Estadual

- Vicente Maciel (PMDB) - Deputado Federal

- Vieirinha (PSB) - Deputado Estadual


Alguns fatos do cenário atual:


Desgaste evidente do governo municipal e, consequentemente, do PSDB e da atual prefeita, ao que tudo indica tentará a reeleição. O partido articula uma chapa forte no proporcional, com nomes já tarimbados (para o bem e para o mal) em eleições anteriores. O partido tem a força da máquina municipal e estadual. Entretanto, terá de “nadar contra a maré” de uma administração apagada.


O PT encontra-se em articulação. O principal representante para tentar aproximar o partido da máquina federal seria o Deputado Miriquinho, que até o momento ainda não demonstrou a sua força política. O ex-prefeito Luiz Lopes seria o nome natural e mais forte para concorrer às eleições. Também deverá “nadar contra a maré” para tentar apagar a imagem ainda desgastada, construída pelos dirigentes partidários de sua administração, que ainda o cercam.


O PSOL tenta viabilizar a candidatura do ex-senador José Nery. O momento talvez seja o mais propício para “rachar” a polarização das últimas eleições municipais. O PSOL é um partido experiente de outras eleições, deve imaginar que sozinho não chegará a lugar algum, por isso deve tentar a aproximação natural com partidos de centro e de esquerda, que não estejam, digamos, “à venda”, o que também constitui um verdadeiro “nado contra a maré”.


Além do PSOL, que concorreu nas últimas eleições com candidatura a deputado estadual, o PSC parece pretenso a lançar uma candidatura a prefeito. Os indicativos demonstram que o nome natural do partido seria o de Cláudio Rodrigues. Dos candidatos, talvez o nome com menos rejeição, entretanto, também deverá “nadar contra a maré” para viabilizar recursos financeiros fartos para uma possível campanha majoritária, já que o partido provavelmente nunca concorreu ao pleito.


Também existe a possibilidade do lançamento de outros nomes como: Zé Miguel (PR), Afonso Sarges (PTB), Pedro Negrão (PSB), João de Deus (PMN), Arnaldo Sereni (PSL), Raí Lima (PMDB), Ronald (PPS), entre outros. Sabe-se que ainda há muito tempo até as eleições e que a conjuntura política mudará a cada mês, com novos atores no cenário municipal e muitas articulações. Contudo, parece haver consenso de que o momento seria o mais oportuno para romper a chamada “polarização política” em Abaetetuba. Para isso, ainda há de se “nadar muito contra a maré”!


Na próxima avaliação, estaremos abordando o cenário das proporcionais!


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mostra de artes visuais e artesanato exalta brinquedos de miriti


O universo da produção de brinquedos de miriti do município de Abaetetuba é o tema principal da exposição 'Girândolas de miritis', que será aberta nesta terça-feira (27), no Espaço Cultural Banco da Amazônia, em Belém. A curadoria da exposição está sob a responsabilidade do artista visual Emanuel Franco e contará com participação de oito artesãos locais, que produziram os brinquedos com exclusividade para a composição das instalações visuais que serão montadas nos painéis expositivos do Espaço Cultural.

Os brinquedos foram confeccionados pelos artesãos Amadeu Sarges, Célio Ferreira, Manoel Benedito Sozinho, Manoel Vilhena, Manoel Pantoja, Manoel de Jesus Sozinho, Manoel Miranda e Nina Abreu. As instalações foram desenhadas com variadas distribuições dos brinquedos nos espaços, mostrando a diversidade de formas, dimensões e cores apresentadas, com destaque às identidades estéticas de produção de cada artesão participante.

Além dos brinquedos no seu formato conclusivo, a exposição levará ao conhecimento do público visitante os processos de criação dos mesmos, desde os cortes nos braços da folha do miriti até as técnicas de modelagem e pintura. A curadoria da mostra selecionou os tipos mais comuns de brinquedos, os quais vêm se destacando como ícones de todo um conjunto que, a cada ano, associa-se aos festejos do Círio de Nazaré compondo a visualidade popular nesse período religioso.


Imagens típicas como a cobra, o tatu, as pombinhas, o casal de dançarinos, a roda gigante, as embarcações regionais, fazem parte dessas instalações. Durante o período da exposição será projetado o vídeo de animação 'Miritis', de Andrei Miralha, que faz alusão, também, a esse universo de produção artesanal.


A mostra foi incluída na programação do Banco da Amazônia relativa às festividades do Círio de Nazaré. O hall será decorado obedecendo a mesma temática da exposição e terá uma instalação com anjinhos de miriti, confeccionados pelos mesmos artesãos que participam da mostra e ilustrados por fragmentos do romance 'Girandôlas', de Daniel da Rocha Leite e fotografias de Alexandre Lima e Emanuel Franco. O design gráfico é do arquiteto Vitor Blanco.


Serviço: Abertura da exposição 'Girândolas de Miritis', nesta terça-feira (27), às 18h30, no Espaço Cultural do Banco da Amazônia - Avenida Presidente Vargas, 800 (esquina com Travessa Carlos Gomes). A entrada é franca.


Redação Portal ORM

http://www.orm.com.br/2009/noticias/default.asp?id_modulo=24&id_noticia=555254

Círio da Vila de Beja!


Aconteceu no último domingo:

Foto: http://anajuliacarepa13.blogspot.com






segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Emater estuda parceria para incrementar a produção de açaí

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) recebeu, nesta sexta-feira (23), proposta de parceria do Instituto Açaí para atuar em conjunto no projeto Central do Açaí, que visa a melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais do fruto dos onze municípios compreendidos na região do Baixo Tocantins, nordeste do Pará.

“Estamos conversando com vários órgãos governamentais para podermos viabilizar a execução desse projeto, que busca o desenvolvimento social, econômico e ambiental do município de Igarapé-Miri e entorno”, disse o idealizador do Central do Açaí, Armando da Costa e Silva. O projeto está orçado em R$ 25 milhões.

Técnicos da Emater que trabalham nos municípios que estão contemplados na área de abrangência do Central do Açaí ouviram com atenção a proposta do instituto. O projeto prevê a implantação de uma unidade de reaproveitamento de todos os elementos que compõem o fruto – o açaí para polpa, o próprio palmito e os resíduos de ambos –, usando casca e caroço para a confecção de adubo, ração e carvão.

Para a coleta da matéria-prima, o trabalho será em união com as cerca de 60 cooperativas dos municípios, entre cooperados e associações.

Segundo o diretor técnico da Emater, Humberto Reale, a preocupação da empresa está em inserir o pequeno agricultor, ainda não cooperado, nesta atividade socioeconômica. “Não podemos esquecer as comunidades tradicionais, como os quilombolas e ribeirinhos, que habitam a área do Baixo Tocantins e já são atendidos pela empresa, recebendo assistência técnica e extensão rural. Vamos estudar a proposta e futuramente teremos outras reuniões", disse.

A preocupação de Humberto é valida, segundo Thicyana Nunes, uma das diretoras do projeto. Ao público trabalhado serão oferecidas capacitações, certificações, benefícios sociais, inclusão social e lucratividade. Na área social, a preocupação com o produtor de açaí está para o período da entressafra, para que ele não abandone o projeto. “Vamos incentivar a piscicultura, o cultivo de horta e a produção de outras frutas”, reforçou. A ideia é chegar a um produto final que tenha como base o açaí, para atender mercados nacionais e internacionais.

O projeto Central do Açaí atenderá, principalmente, os municípios de Igarapé-Miri, Cametá, Abaetetuba e Moju. A sede ficará situada na rodovia PA-407, conhecida como a Rodovia do Açaí, onde já está implantada a Cooperativa dos Produtores de Frutas da Vila de Maiauatá (Coopfruma). “Acreditamos que um dos maiores obstáculos será para a construção civil do projeto, estimada em R$ 9 milhões. Para todo o resto temos solução. Por isso a importância de parceiros como a Emater e o governo do Estado”, finalizou Armando da Costa e Silva.


http://www.ruralcentro.com.br/noticias/47831/emater-estuda-parceria-para-incrementar-a-producao-de-acai

Policiais Militares apreendem motocicletas roubadas no Marajó

Na última segunda-feira, 19, os Policiais Militares do 8º Batalhão de Polícia Militar; 2º Sargento PM Rosiane, Cabos PM Alcântara e J. Silva e o Soldado PM Marcos Luiz, receberam denúncias de populares por meio do telefone 190. Segundo a informação, uma embarcação sem identificação estava transportando motocicletas roubadas para a localidade.

Os policiais foram até o “Bairro Novo”, no município de Soure e com apoio dos investigadores Luiz, Walder e Mauro, localizaram a embarcação e questionaram o proprietário da mesma sobre a propriedade e origem dos veículos. O homem alegou que adquiriu as motocicletas de terceiros em Abaetetuba; no entanto, os policiais, procedendo a investigação no Departamento Estadual de Trânsito verificaram que, das três motocicletas encontradas, duas estavam com registro de roubo.

Os acusados e os veículos apreendidos foram conduzidos para a Delegacia de Soure, onde foi detectado que um dos acusados encontra-se com alvará de soltura por prática de latrocínio no município de Manaus, Estado do Amazonas.

Major PM Leno Carmo - Ascom PMPA

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A lenda da Ilha da Pacoca



José Cardoso, navegador como todos nós que o barro de Abaetetuba procriou, amigo dileto do Orkut, arremessou um indignada e justa reclamação contra os gerentes de ontem e de agora de nosso arraial. É que nunca tinha lido em qualquer lugar a "Lenda da Ilha da Pacoca" nosso maior patrimônio fabulesco. Essa história permanece viva pela transmissão oral de nosso povo. Só por isso. Faltava zelo aos governantes para mandar imprimir um texto com esse patrimônio cultural abaetetubense.

Retruquei essa afirmação de José Cardoso dizendo que na Escola "Álvaro Guião" em São Carlos, São Paulo, onde concluí o 2º Grau, possui uma biblioteca muito boa, onde existia um exemplar da obra "Lendas Amazônicas" onde estava narrada a Lenda da Pacoca, embora ignorando nosso município. Foi, entretanto a única ocasião que li tal lenda. Aliás, só vil esse livro uma vez. Voltei a procurá-lo e não mais encontrei.

José Cardoso, Oficial da Marinha Mercante como dois irmãos meus e vários outros amigos, disse que não tinha conhecimento que algum filho da terra tivesse a hombridade de passar para o texto aquela história.

Ficamos por aí.

Passados alguns dias, dei-me conta que ele tinha razão e que tinha lançado aquele desafio para mim. Mandei uma mensagem aceitando o desafio mas propondo que ele ajudasse a completar a história, pois eu tinha lembrança do essencial, mas não tinha certeza quanto ao todo. Infelizmente não obtive resposta.

Tentei quietar, mas não consegui. O desafio merecia ser respondido à altura. Inclusive pela preservação do patrimônio de nosso povo.

Assim, escrevi a lenda.

A LENDA DA ILHA DA PACOCA

Demóstenes, no auge de sua juventude, sentiu ardor no peito. Não, não era doença braba, mas um não-sei-o-quê, um não-tem-lugar, uma apertação no corpo, uma friagem quente que nem ele, com seu sentir, podia explicar o que era. Tinha aparecido no arraial de N. Sra. da Conceição quando viu aquela mocinha, tão bonita como as girandas de brinquedos. Era a Sebastiana, filha mais nova do Velho Bruno, tecedor de matapi lá do Furo-Grande.

O doente de não-sabe-o-quê, filho único de navegadores dos rios e do mar, estava só no mundo desde a adolescência, quando o pai não respeitou a tradição de presentear os negrinhos-da-pororoca com a destilada cana de Abaeté, perecendo entre ondas e remansos do encontro de águas doces e salgadas.

Homem de habilidades, Demóstenes dominava a ciência de se conduzir pelas águas, salgadas ou doces, calmas ou revoltas, no claro ou no escuro, de qualquer forma. Se tivesse apenas uma enxó construía qualquer embarcação, dependendo da madeira e do tempo. A matemática dos mastros e dos cascos lhe pertencia. A mecânica dos astros, o cheiro e a direção dos ventos, e as marés, era tudo o que precisava para navegar em qualquer água. Cortava o pano com o cálculo da experiência , encerava-o com resina de plantas ou de peixes, organizando qualquer velame.

Não tinha paragem. Hoje aqui, amanhã outro porto.

Mas jurou ficar ponte pelo amor da linda Sebastiana.

Tanto cantou, tanto cercou, tanto falou e ouviu, que Sebastiana também sentiu ardor no peito , o não-sei-o-quê , a apertação, o não-tem-lugar, as friagens, ou seja, apaixonou-se pelo navegador Demóstenes.

Pediu a moça em casamento e levou, não só a benção de seus pais, mas uma terra para se quietar: um lindo paraíso de várzeas, igapós e terra-firme, chamada de Ilha da Pacoca porque lá moravam muitas pacas.

Demóstenes e Sebastiana fixaram residência e domicilio e se amavam mais e mais conforme o passar do tempo. Até que uma noite a esposa cai doente: febre, tremedeira, diarréia, vômitos e desmaios. Era necessário buscar auxílio na vila imediatamente. Mas a noite era de temporal e de águas agitadas.

O mestre navegante observou o tempo e viu que era praticamente impossível vencer as ondas, correntezas e remansos, com apenas uma montaria que possuíam na Ilha, pois, desde que casou, não mais possuía outra embarcação para não ser tentado a voltar a navegar como antes.

Mas era o tempo ou a morte de seu amor. Resolveu enfrentar a natureza. Mas quando buscou sua montaria, percebeu que o temporal foi mais esperto e levou a embarcação em suas brabezas.

O desespero tomou conta do corpo e da alma daquele caboclo. Não tendo alternativas, pegou sua amada mulher nos braços e jogou-se no rio para levá-la a nado até onde pudessem salvá-la. Entretanto, o rio o devolvia para a margem com fúria e força. Após várias tentativas, e vendo seu amor suspirando de morte, Demóstenes começou a gritar clamando pelos encantados da floresta e dos rios. Pedia clemência pela vida de sua paixão. Não obtendo resposta, correu para casa e pegou todos os panos que lá tinham e os estendeu sobre as árvores, amarrando-os pelas bordas e pontas, formando um velame. Agarrou o remo que sobrou da sua montaria e, na beira do rio, mergulhava-o na água com o movimento de quem rema.

Tentava, com o velame de seus panos e com as remadas de seus braços, transformar a Ilha da Pacoca em embarcação, navegando na noite de temporal para salvar sue esposa. Demóstenes gritava por todos e por tudo e, de repente, sentiu que a ilha se mexia e navegava. Alegre, foi abraçar sua esposa desfalecida quando teve o assombro de não mais sentir sua respiração e seu calor: Sebastiana não suportou e faleceu.



Num impulso indescritível, Demóstenes levantou o corpo de Sebastiana aos céus gritando com a voz de cem trovões quando aconteceu um encantamento: a Ilha da Pacoca se iluminou toda, com as luzes de centenas de faróis e luas; os panos feitos velas se inflaram, e a Ilha da Pacoca começou a navegar velozmente sobre as furiosas águas do temporal.

Assim, até hoje, quando se tem um temporal feio na região do Rio Maratauíra, nas proximidades de Abaetetuba, uma grande embarcação, toda iluminada, com velas e velas, surge singrando as águas do rio e lá se vê, em sua proa, um homem com uma mão no cordame e, em outro braço, um corpo de mulher. É a Ilha da Pacoca, encantada, com Demóstenes levando Sebastiana para tentar salvá-la.


Clóvis Figueiredo Cardoso

Presos bandidos que realizavam sequestros

A cidade de Abaetetuba, no Baixo Tocantins, entrou para o triste rol das cidades que sofrem com os casos de sequestro com reféns, quando o taxista José Rildo Guimarães Dias apanhou um casal na entrada do bairro de São Sebastião.

O que era pra ser apenas mais uma corrida, pra garantir o sustento da família, acabou se tornando um pesadelo para o profissional do volante. Logo ao entrar no táxi, o casal anunciou o assalto e mandou José Rildo seguir mais à frente, onde mais uma dupla de assaltantes o aguardava.

O taxista foi então vendado e colocado no banco de trás do veículo, tendo um dos ladrões assumido o volante, seguindo então até o bairro da Angélica, onde entraram em uma casa, fazendo ainda mais duas crianças, de 12 e 16 anos, reféns.

Um mototaxista que passava na ocasião estranhou a movimentação e decidiu passar as informações para os policiais da cidade. O tenente Samaronny, oficial interativo da área, se deslocou até o local, organizando o cerco policial e deu início às negociações. O oficial acionou uma guarnição do Grupamento Tático Operacional do CPR-IX e mais a guarnição da 27ª Zona de Policiamento, sob o comando do sargento Lobo, e ainda uma guarnição do Corpo de Bombeiros para dar suporte à operação.

Os assaltantes de dentro da residência começaram a fazer as exigências de praxe: pediram coletes à prova de balas, a presença da imprensa e de um advogado, para resguardar a integridade física dos mesmos, sendo atendidos aos poucos.


NEGOCIAÇÃO

A negociação se deu tranquilamente, apesar do nervosismo dos acusados, que ameaçavam os reféns a todo instante, mas graças ao bom senso e discernimento do tenente Samaronny, tudo correu bem até a rendição dos acusados e entrega das armas.

Os acusados libertaram primeiramente as crianças, e finalmente o taxista, sendo levados à delegacia para os procedimentos de praxe. Na delegacia, os acusados foram identificados como: Adriano Correa Bergue, Antonio Castilho dos Santos, Cristiely Ferreira de Sousa e Rafael Correa da Costa, que a princípio se identificou como Wellington de Souza Martins, para encobrir sua verdadeira identidade.

Após uma breve busca no sistema da Polícia Civil se descobriu que Rafael era foragido do Presídio Estadual Metropolitano I, em Marituba, onde respondia por homicídio e tentativa de homicídio, além de ostentar nas costas, uma grande tatuagem de um palhaço com uma arma de fogo, o que na gíria policial, indica que o acusado seja assassino de policiais, fato que ainda está sendo levantado junto aos órgãos de Segurança Pública.

Os acusados foram indiciados por roubo qualificado, extorsão mediante sequestro, cárcere privado, porte ilegal de arma de fogo e ainda formação de quadrilha ou bando, pelo delegado Delcio, da Superintendência Regional do Baixo Tocantins, e ficaram à disposição da Justiça, aguardando transferência para uma das unidades da Susipe no Estado.

Participaram da Operação o tenente Samaronny, sargentos Sarges, Lobo, cabos Mauro, Tamilton, Lameira e soldado Alexandre e mais três policiais do GTO de Abaetetuba: cabos Idel e D. Silva e soldado Barreto.

“Na verdade, essa modalidade criminosa vem se expandindo para o interior do Estado, devido à eficácia dos órgãos policiais da capital. Mas aqui em Abaetetuba, nossa tropa está bem preparada para dar combate a esses delinquentes que tentam tirar o sossego e aterrorizam a população de bem em nosso município. Foi muito louvável a atuação de cada um dos policiais nesta ação de hoje”, finalizou o major Silva Junior.


(Diário do Pará)

http://www.diarioonline.com.br/noticia-167010-presos-bandidos-que-realizavam-sequestros.html