terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sema doa pescado e carne apreendidos no mercado de Abaetetuba

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Mais de 800 quilos de peixes, caranguejos, carnes de jacaré e de capivara apreendidos durante a operação Defeso, realizada de 18 a 21 de fevereiro, no município de Abaetetuba, região de integração do Tocantins, foram doados a instituições sem fins lucrativos. A ação, coordenada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), com o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental, aconteceu na feira e no mercado do município.
A equipe da Gerência de Fauna e Pesca da Sema apreendeu 562,25kg de mapará, 133,75kg de curimatã e 21kg de pirapitinga no mercado municipal. De acordo com Solange Luz, os autuados alegaram que não sabiam que essas espécies estavam no defeso e que não têm outra opção de sobrevivência.
"Ouvimos as declarações deles, mas explicamos que existiam outras espécies que poderiam ser comercializadas. E mais uma vez destacamos a importância de se respeitar o período de reprodução dos peixes para que haja estoque pesqueiro para todos no futuro. Depois dessa explicação, os próprios pescadores reconheceram que a quantidade de mapará tem diminuído e o tamanho das espécies reduzido significativamente", argumentou Solange.
Caranguejos - Ainda no mercado municipal, a equipe da Semma apreendeu 493 caranguejos. Com medo de serem autuados, os responsáveis deixaram o local antes que a fiscalização pudesse identificá-los. "Eles sabiam que não haveria apenas perdas financeiras, mas também a responsabilização pelo crime ambiental", afirmou Solange.
Os agentes de fiscalização ainda recolheram 94,7kg de carne de jacaré-açu e 152kg de carne de capivara, encontrados às proximidades da feira de Abaetetuba. Duas pessoas foram autuadas, mas negaram a posse da carga. No entanto, o fato da venda ocorrer em pontos comerciais pertencentes aos dois homens determinou as autorias. Ambos terão 15 dias para apresentar defesa na Sema.
Doação - O pescado foi doado à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e Associação de Moradores do Bairro da Aviação, sediadas em Abaetetuba. Após avaliação da equipe, os caranguejos foram doados à Comunidade Terapêutica Jeová Rafhá, também localizada naquele município, já a caça foi destinada para a alimentação de animais do Parque da Amazônia Crocodilo Safari Zoo, em Belém.

Luciana Almeida - Ascom/Sema



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Do Folha de Abaetetuba:
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Com certeza, é um absurdo a comercialização destas espécies, no período do defeso, entretanto, o crime deveria ser combatido na origem, ou seja, no atravessamento da mercadoria, o que evitaria que as famílias destes trabalhadores fossem prejudicadas. A polícia civil (que tem função investigativa) deveria buscar os verdadeiros culpados, pois as pessoas que vendem cuja maioria é extremamente humilde, certamente, não são as mesmas que realizam o crime da matança destes amimais. Infelizmente, talvez não reste outra alternativa de trabalho para estas pessoas que sobrevivem da venda ilegal na feira. Não acho justo simplesmente tirar o pão de cada dia de um ser humano que se propõe a trabalhar. Afinal, os responsáveis pela feira deveriam fiscalizar e informar a todos os feirantes e a própria população sobre as ilegalidades, de forma a tentar criar uma mentalidade educativa de proteção ao meio ambiente.
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Esse é o nosso recado!

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