'
'
Vinte e seis projetos paraenses estão na disputa do Prêmio Itaú-Unicef, programa da Fundação Itaú Social e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Em sua oitava edição, a premiação recebeu inscrições de todo o País totalizando 1.917 projetos, 26 deles do Pará.
O prêmio é realizado a cada dois anos com o objetivo de reconhecer e estimular o trabalho de organizações sociais sem fins lucrativos que contribuem, em articulação com a escola pública e outras políticas, para a educação integral de crianças e adolescentes.
Com o tema Tempos e Espaços para Aprender, o prêmio estimula a reflexão sobre a diversidade de locais que ampliam as possibilidades para além do espaço escolar. A expectativa é a de que o resultado seja divulgado no mês de novembro, na capital paulista. O processo de análise e seleção dos inscritos já começou e tem o prazo de oito meses, contados a partir de 6 de abril de 2009, para divulgação dos vencedores. De acordo com a coordenação do prêmio, cada uma das organizações responsáveis por até quatro projetos vencedores nacionais receberá R$ 70 mil. Também será escolhido um grande vencedor, ao qual será entregue o valor de R$ 150 mil.
A inovação deste ano foi a abertura de inscrições em duas categorias: ONGs e Alianças. A categoria ONG é voltada para organizações não governamentais que desenvolvem projetos socioeducativos de atendimento direto a crianças e adolescentes de 6 a 18 anos, que foram iniciados antes de 25 de maio de 2008. Já na categoria alianças foi criada para organizações da sociedade civil, movimentos, grupos comunitários, escolas, órgãos públicos, iniciativa privada e outros que tenham como meta comum a educação integral de crianças e adolescentes. Em 2007 foram inscritos 1574 projetos, sendo 33 finalistas, dos quais 5 foram vencedores nacionais.
Estado aparece entre os semifinalistas
Na última edição do Prêmio Itaú o Pará conseguiu ficar entre os semifinalistas com projetos dos municípios de Belém, Abaetetuba, Barcarena, Ananindeua e Parauapebas. O projeto 'Ler o Mundo, Reescrever a Vida - Letramento', desenvolvido pela Associação Paraense de Apoio as Comunidades Carentes (APACC), foi um dos semifinalistas na categoria Grande Porte. O projeto foi criado em 2005 com o objetivo de contribuir para o enfrentamento das dificuldades de leitura e escrita de crianças moradoras do bairro do Tapanã, vinculadas às escolas públicas do bairro. Nestes anos mais de 400 crianças já foram atendidas. Todas com dificuldade de aprendizado, principalmente em ler e escrever. Os pequenos são encaminhados pelas escolas públicas do bairro e participam de oficinas de estímulo à leitura e escrita, 85% das crianças tem avanços no domínio da leitura e escrita, 90% melhoram seu desempenho escolar e 80% melhoram sua comunicabilidade e sociabilidade, por meio de ações de teatro, canto, música e dança. A Apacc surgiu em 1994, com o objetivo de enfrentar os problemas socioeconômicos dos bairros periféricos da cidade. De acordo com o coordenador executivo da Apacc, Daltron Paiva, a intenção não é apenas ensinar as crianças a ler e escrever, mas também mostrar como eles podem compreender a sociedade.
Dos 1.574 projetos inscritos na edição anterior, 175 foram selecionados como semifinalistas. Na 5ª etapa da seleção foram indicados 33 projetos finalistas, considerados premiados regionais. Destes 33 projetos, foram destacados os vencedores nacionais, escolhidos pela Comissão Julgadora constituída por representantes da Fundação Itaú Social, Unicef, Cenpec e instituições sociais. O grande vencedor nacional foi o 'Projeto Escola e Comunidade: Um diálogo Necessário', do Centro de Referência Integral de Adolescentes (Cria) de Salvador. Desde a edição de 2003, o processo seletivo, de abrangência nacional, ocorre em regionais que agrupam os Estados, de modo a considerar os diversos contextos do território brasileiro. O projetos vencedores regionais recebem, cada um, R$ 8.000,00, além de um computador e uma impressora.
A seleção é feita em fases, sendo que na primeira ocorre a distribuição dos projetos pelas nove regionais e a validação pelos critérios de acesso à premiação. Na fase seguinte, as ONGs são classificadas de acordo com o porte orçamentário (micro, pequeno, médio e grande porte), com o objetivo de assegurar que as ONGs concorram, nas fases regionais, com outras organizações que tenham perfil orçamentário semelhante. Na 3ª fase da seleção, os projetos são pontuados segundo os indicadores de Gestão para a Sustentabilidade. Ao final da 4ª fase, são selecionados até vinte projetos semifinalistas por regional. Na 5ª etapa, os projetos semifinalistas são avaliados pelo Comitê Técnico que indica os finalistas. Os projetos indicados recebem visitas de técnicos, concretizando a sexta etapa.
Associação assistencial espírita Lar de Maria terá visita técnica
Um dos projetos finalistas deste ano vem da associação assistencial espírita Lar de Maria, que recém completou 62 anos. O Projeto Educação para a Vida foi um dos selecionados entre outros 1.917 concorrentes na oitava edição do Prêmio. A entidade receberá uma visita técnica para, então, poder configurar entre os vencedores regionais.
No Projeto Educação para a Vida são atendidas crianças de 4 a 12 anos incompletos, em situação de vulnerabilidade social. São oferecidos jogos educativos para a socialização, interação, amizade e respeito mútuo, assim como habilidades motoras, valorizando o próprio desempenho em situações competitivas desvinculadas dos resultados, por meio do ato de brincar em grupo. Há também oficinas de dança, teatro, reforço escolar, esporte e 'papo cabeça'. Neste último, as crianças são levadas a refletir sobre temas relacionados à sua vivência de direitos e deveres sócio-políticos, como forma de prepará-las para o exercício da cidadania.
Desde sua fundação, há mais de seis décadas, a associação tem o foco sobre a família. Hoje, a instituição sustenta atividades educativas - como uma espécie de creche - para 108 crianças de até seis anos; há um espaço de convivência para 80 idosos, que recebem oficinas, ioga e cursos; apoio a grupos de Alcoólicos Anônimos; além das programações regulares para a família, dentre elas, os eventos doutrinários sobre o espiritismo.
O prêmio é realizado a cada dois anos com o objetivo de reconhecer e estimular o trabalho de organizações sociais sem fins lucrativos que contribuem, em articulação com a escola pública e outras políticas, para a educação integral de crianças e adolescentes.
Com o tema Tempos e Espaços para Aprender, o prêmio estimula a reflexão sobre a diversidade de locais que ampliam as possibilidades para além do espaço escolar. A expectativa é a de que o resultado seja divulgado no mês de novembro, na capital paulista. O processo de análise e seleção dos inscritos já começou e tem o prazo de oito meses, contados a partir de 6 de abril de 2009, para divulgação dos vencedores. De acordo com a coordenação do prêmio, cada uma das organizações responsáveis por até quatro projetos vencedores nacionais receberá R$ 70 mil. Também será escolhido um grande vencedor, ao qual será entregue o valor de R$ 150 mil.
A inovação deste ano foi a abertura de inscrições em duas categorias: ONGs e Alianças. A categoria ONG é voltada para organizações não governamentais que desenvolvem projetos socioeducativos de atendimento direto a crianças e adolescentes de 6 a 18 anos, que foram iniciados antes de 25 de maio de 2008. Já na categoria alianças foi criada para organizações da sociedade civil, movimentos, grupos comunitários, escolas, órgãos públicos, iniciativa privada e outros que tenham como meta comum a educação integral de crianças e adolescentes. Em 2007 foram inscritos 1574 projetos, sendo 33 finalistas, dos quais 5 foram vencedores nacionais.
Estado aparece entre os semifinalistas
Na última edição do Prêmio Itaú o Pará conseguiu ficar entre os semifinalistas com projetos dos municípios de Belém, Abaetetuba, Barcarena, Ananindeua e Parauapebas. O projeto 'Ler o Mundo, Reescrever a Vida - Letramento', desenvolvido pela Associação Paraense de Apoio as Comunidades Carentes (APACC), foi um dos semifinalistas na categoria Grande Porte. O projeto foi criado em 2005 com o objetivo de contribuir para o enfrentamento das dificuldades de leitura e escrita de crianças moradoras do bairro do Tapanã, vinculadas às escolas públicas do bairro. Nestes anos mais de 400 crianças já foram atendidas. Todas com dificuldade de aprendizado, principalmente em ler e escrever. Os pequenos são encaminhados pelas escolas públicas do bairro e participam de oficinas de estímulo à leitura e escrita, 85% das crianças tem avanços no domínio da leitura e escrita, 90% melhoram seu desempenho escolar e 80% melhoram sua comunicabilidade e sociabilidade, por meio de ações de teatro, canto, música e dança. A Apacc surgiu em 1994, com o objetivo de enfrentar os problemas socioeconômicos dos bairros periféricos da cidade. De acordo com o coordenador executivo da Apacc, Daltron Paiva, a intenção não é apenas ensinar as crianças a ler e escrever, mas também mostrar como eles podem compreender a sociedade.
Dos 1.574 projetos inscritos na edição anterior, 175 foram selecionados como semifinalistas. Na 5ª etapa da seleção foram indicados 33 projetos finalistas, considerados premiados regionais. Destes 33 projetos, foram destacados os vencedores nacionais, escolhidos pela Comissão Julgadora constituída por representantes da Fundação Itaú Social, Unicef, Cenpec e instituições sociais. O grande vencedor nacional foi o 'Projeto Escola e Comunidade: Um diálogo Necessário', do Centro de Referência Integral de Adolescentes (Cria) de Salvador. Desde a edição de 2003, o processo seletivo, de abrangência nacional, ocorre em regionais que agrupam os Estados, de modo a considerar os diversos contextos do território brasileiro. O projetos vencedores regionais recebem, cada um, R$ 8.000,00, além de um computador e uma impressora.
A seleção é feita em fases, sendo que na primeira ocorre a distribuição dos projetos pelas nove regionais e a validação pelos critérios de acesso à premiação. Na fase seguinte, as ONGs são classificadas de acordo com o porte orçamentário (micro, pequeno, médio e grande porte), com o objetivo de assegurar que as ONGs concorram, nas fases regionais, com outras organizações que tenham perfil orçamentário semelhante. Na 3ª fase da seleção, os projetos são pontuados segundo os indicadores de Gestão para a Sustentabilidade. Ao final da 4ª fase, são selecionados até vinte projetos semifinalistas por regional. Na 5ª etapa, os projetos semifinalistas são avaliados pelo Comitê Técnico que indica os finalistas. Os projetos indicados recebem visitas de técnicos, concretizando a sexta etapa.
Associação assistencial espírita Lar de Maria terá visita técnica
Um dos projetos finalistas deste ano vem da associação assistencial espírita Lar de Maria, que recém completou 62 anos. O Projeto Educação para a Vida foi um dos selecionados entre outros 1.917 concorrentes na oitava edição do Prêmio. A entidade receberá uma visita técnica para, então, poder configurar entre os vencedores regionais.
No Projeto Educação para a Vida são atendidas crianças de 4 a 12 anos incompletos, em situação de vulnerabilidade social. São oferecidos jogos educativos para a socialização, interação, amizade e respeito mútuo, assim como habilidades motoras, valorizando o próprio desempenho em situações competitivas desvinculadas dos resultados, por meio do ato de brincar em grupo. Há também oficinas de dança, teatro, reforço escolar, esporte e 'papo cabeça'. Neste último, as crianças são levadas a refletir sobre temas relacionados à sua vivência de direitos e deveres sócio-políticos, como forma de prepará-las para o exercício da cidadania.
Desde sua fundação, há mais de seis décadas, a associação tem o foco sobre a família. Hoje, a instituição sustenta atividades educativas - como uma espécie de creche - para 108 crianças de até seis anos; há um espaço de convivência para 80 idosos, que recebem oficinas, ioga e cursos; apoio a grupos de Alcoólicos Anônimos; além das programações regulares para a família, dentre elas, os eventos doutrinários sobre o espiritismo.
0 Comments:
Post a Comment