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O Coronel José Osmar de Albuquerque, comandante da 4ª Companhia Regional, em Abaetetuba, que “escalou” policiais militares para fazer serviços de obras e reformas em sua residência em Belém, foi exonerado do cargo da Diretoria de Ensino e Instrução, pela governadora do Estado Ana Júlia Carepa.
O curioso é que a exoneração do militar foi anunciada, dias após uma reportagem publicada no DIÁRIO sobre a nomeação do coronel para ocupar o cargo de diretor de ensino do batalhão. “A exoneração do coronel não teve nada haver com o processo, que está correndo judicialmente. Na minha opinião, a exoneração dele tem haver com a repercussão negativa do caso”, disse o promotor de Justiça Militar, Armando Brasil.
Disse ainda que o processo militar e criminal continua em andamento e o coronel terá que responder pelos crimes de prevaricação, falsidade ideológica e coação de testemunhas. Se for condenado, José Osmar poderá cumprir pena de até 10 anos de reclusão.
Quanto à designação do coronel para o cargo de diretor de ensino, o promotor avaliou com um verdadeiro “absurdo”. “O cargo de diretor de ensino é como se fosse o mesmo de o reitor de uma universidade. Como é que pode um coronel que cometeu crimes absurdos ser designado para assumir um cargo desses? Que bom exemplo ele teria para dar?”.
Assim que a matéria foi publicada no Diário, a assessoria de comunicação da PM informou que a nomeação não foi uma promoção, mas sim um punição, posto que o oficial é coronel e em tese deveria assumir o comando de algum batalhão. A PM também confirmou a exoneração do oficial, porém, não comentou os motivos.
(Diário do Pará)
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