Bandidos que agem nos rios do Pará são de comunidades ribeirinhas pobres de Belém
As Policias Civil e Militar estão intensificando o trabalho de investigação e de prevenção aos crimes praticados por piratas nos rios da Região Amazônica. De acordo com o delegado Ivanildo Santos, chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), a Polícia Civil já identificou os bandidos que vêm atuando na região das ilhas de Belém e Abaetetuba. Segundo ele, os criminosos são pessoas de comunidades ribeirinhas pobres de Belém, como a Pratinha e a Vila da Barca, que deixaram de atuar em terra por causa da grande ação dos órgãos de repressão. As informações são da Secretaria de Estado de Comunicação.
Entre o final de fevereiro e início de março, três assaltos a barcos de passageiros ou de carga tiveram grande repercussão, inclusive com um homicídio. Para atuar na prevenção e no patrulhamento dos rios, a Secretaria de Segurança Pública (Segup) adquiriu, este ano, 12 lanchas que vão atuar em municípios como Barcarena, Abaetetuba e Breves como viaturas da Polícia Militar.
"Esse trabalho de prevenção demora mais a aparecer, mas tem efeito mais consistente. Emergencialmente, a polícia vem deslocando recursos para combater os crimes recentes. Em alguns a gente reconheceu criminosos que atuavam como assaltantes de transeuntes que agora passam a assaltar embarcações", disse o delegado.
O delegado também disse que o novo governo encontrou uma situação de sucateamento nas delegacias e está reorganizando as ações. Isso levou a uma repressão maior do crime em terra. "A criminalidade é uma questão social também. Cabe a nós identificar os criminosos e puni-los. Na vida sempre tem quem escolhe o caminho do bem e quem opta, por motivos vários, inclusive por falta de opções, pelo crime", disse o delegado.
O levantamento da Policia Civil identificou que os crimes de piratas são insipientes e ainda não se pode dizer que, pelo menos nessa região, eles atuem como grandes quadrilhas organizadas. No entanto, a investigação ainda está em andamento. "Uma investigação tem hora para começar, mas pode se arrastar por mais tempo. A medida que estamos identificando e levantando provas vamos pedindo a prisão preventiva dos culpados’, disse o delegado.
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