segunda-feira, 10 de agosto de 2009

DIRA PAES - ATRIZ DE ORIGEM ABAETETUBENSE - RECEBE HOMENAGEM NA ABERTURA DO FESTIVAL DE GRAMADO

'
'


'
O grande público reconhece Dira Paes de imediato como a fogosa Norminha da novela Caminho das Índias e lembra dela como a divertida Solineuza do seriado A Diarista. Cinéfilos atentos, porém, preferem identificar a atriz por sua presença em uma série de destacados e premiados filmes.É essa face da carreira de Dira, intensa e por vezes não tão glamourosa, que foi lembrada ontem, com o prêmio especial que ela recebeu na abertura da 37ª edição do Festival de Gramado, em razão de sua presença no cinema nacional.– Eu me sinto lisonjeada em receber esse prêmio no momento em que o cinema brasileiro vive uma fase prestigiada pelo público – diz Dira.O sucesso de Norminha, que fez a personagem ganhar mais espaço no folhetim, tem exigido presença mais constante de Dira nos estúdios do Projac, no Rio, e imposto uma correria ainda maior na rotina que se desdobra nos mimos ao filho, Inácio, de um ano e três meses.– Já fiz outras personagens que me deixaram feliz mas não tiveram a repercussão que a Norminha tem graças à força de uma novela das oito.A carreira cinematográfica da atriz nascida há 40 anos em Abaetetuba, interior do Pará, abarca de sucessos de bilheteria, como 2 Filhos de Francisco, a projetos autorais, caso de Baixio das Bestas e A Festa da Menina Morta. São alguns dos exemplos que podem ilustrar a enorme versatilidade que Dira em registros que vão da delicadeza e força de uma típica mãe coragem, ao humor escrachado e a atuações viscerais que exigem dela uma entrega dramática e cênica à beira da catarse.– Todo ator quer ser versátil. Nunca penso em um trabalho separando projetos comerciais dos autorais. O que me motiva, às vezes, nem é tanto o personagem, mas sim as pessoas que estão envolvidas nele.Dira nem pensava em fazer cinema, imaginava-se engenheira, quando estrelou o primeiro filme. Estreia, curiosa, diga-se, em um papel de destaque no longa americano A Floresta das Esmeraldas, que John Boorman rodou na Amazônia em 1985.– A equipe do filme foi à minha escola procurar meninas com traços indígenas que falavam inglês. Foi escolhida, ganhei tratamento de estrela, e ali começou um grande sonho que me fez decidir ser atriz.Dira já participou de quase 30 filmes e, além do sucesso de bilheteria 2 Filhos de Francisco, esteve em Anahy de las Misiones (1997), de Sérgio Silva, e Meu Tio Matou um Cara (2004), de Jorge Furtado.Apaixonada por cinema, Dira já se lançou como produtora em filmes como o recente documentário Esse Homem Vai Morrer (2008), de Emílio Gallo, sobre um líder rural do Sul do Pará. E desde 2004 ela organiza, juntamente com o produtor Emanuel Freitas, o Festival de Belém do Cinema Brasileiro.– Esse festival nasceu como forma de manter um vínculo com minha terra e por ver que muitos dos meus filmes não chegavam a Belém.
MARCELO PERRONE Gramado

2 Comments:

Anônimo said...

Eta mulher porreta !

Anônimo said...

Essa é Paid'egua ! Deve ser show de bola num mangueirão.Essa jogava no meu time de degraça!