terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pará integra rota internacional de contrando, diz PF


Mercadorias contrabandeadas da Ásia entram no Brasil pelos rios do Norte do país, segundo as investigações da Polícia Federal. Adolescentes e pescadores do Pará trabalham para criminosos.

O centro de Belém é um dos maiores pontos de venda de produtos piratas do Norte do país. É possível encontrar roupas, calçados, brinquedos, CDs e DVDs falsificados.

De acordo com a polícia, a rota usada pelos contrabandistas começa na Ásia, onde as mercadorias são embarcadas em navios para o Suriname. De lá, os produtos são colocados em barcos menores e levados para o Pará. A geografia na Região Amazônica favorece a ação das quadrilhas.

"A maior dificuldade é a extensa área a ser fiscalizada. Há um grande número de rios e canais e as embarcações que saem do Suriname têm facilidade para se esconder", disse o superintendente adjunto da Receita Federal, Ocenir Sanches.

Segundo a Receita Federal, Abaetetuba é um dos municípios que servem como porta de entrada de drogas, armas e produtos contrabandeados. Do Pará, parte das mercadorias é transportada em carretas para o Sul e Sudeste do país. O restante é vendido no mercado paraense.

Uma das quadrilhas presas neste ano era formada por 15 pessoas. Catorze eram de Abaetetuba, onde os contrabandistas usam até adolescentes para vender mercadorias em praça pública.

E, para dificultar ainda mais a fiscalização, as quadrilhas acabam recrutando pescadores para transportar os produtos. Um deles foi preso pela PF. Ele levava mercadorias no barco dele até um local indicado pelos criminosos.

Só no ano passado, a polícia e a Receita Federal apreenderam R$ 11 milhões em contrabando no Pará. Neste ano, já foram mais de R$ 12 milhões.

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