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Dira Paes (diga-se de passagem, linda na foto ao lado) despede-se do ano mais plena e feliz que nunca
Ela não valia nada, mas nós gostamos dela… Brincadeiras à parte com a trilha sonora, que atire a primeira pedra quem nunca parou na frente da tevê para acompanhar a saga do furacão chamado Norminha, interpretada – com maestria, diga-se de passagem – por Dira Paes, em Caminho das Índias.
Maior destaque do ano, a atriz nascida aqui em Abaetetuba, mal se despediu da personagem mais comentada no ano, e já foi engatando um filme atrás do outro, encerrando 2009 como ela gosta: repleta de atuações em que acreditou do começo ao fim. Dira é só alegria. E nós, que vínhamos esperançosos em busca de uma entrevista exclusiva com ela também. Simpatia em pessoa, falou sobre o festival de cinema que conduz, autoestima, maternidade e mostrou que apesar de formada em Física, nasceu mesmo é para brilhar como atriz.
Impossível começar a entrevista sem mencionar a Norminha, que virou mania nacional. Tinha ideia do impacto que ela causaria?
- A Norminha foi uma grande surpresa. Numa primeira leitura achei que o público fosse ficar contra ela. Mas graças à sua altivez e espontaneidade ela acabou cativando as pessoas.
Inclusive, você a defendeu com unhas e dentes até o fim. Algo dela ficou em você? Que característica da personagem você acha que as mulheres hoje em dia deveriam ter?
- Ficou, sim. Aprendi a andar de salto 15 em ruas de paralelepípedo com charme (risos). Mas o que deve ficar em todos é a autoestima que ela sempre teve do início ao fim porque se a gente não gostar da gente, quem é que vai gostar?
E o pessoal mais conservador? Chegou a receber alguma crítica?
- Se houve críticas, não tiveram coragem de manifestá-las pra mim! (risos)
Outra dúvida que muita gente gostaria de perguntar: O que você fez para ficar tão bonita e reluzente no papel? Teve alguma inspiração para criar a personagem?
- Me inspirei na Dama do Lotação (protagonizada por Sonia Braga) e na Catherine Deneuve da Belle de Jour que são personagens charmosas e enigmáticas. Já eu, estava num momento lindo e feliz, com Inácio (filho da atriz) com sete meses. Acho que a maternidade me fez renascer.
Acabei presenciando online a tristeza do editor da revista Playboy quando ele postou a seguinte frase: “Café com dona Norminha. Ela não aceitou. Mas Dira Paes ficou seduzida. Aguardem 2010!”. E aí? Os fãs podem aguardar mesmo?
- Xiiiiiiii… 2010 ainda nem chegou! (risos)
Você participou recentemente de três produções no cinema, incluindo seu primeiro curta. Dá para adiantar algo sobre Sudoeste, Matinta e Antes da Noite?
- Matinta foi o primeiro curta que trabalhei como atriz. A minha maior felicidade no filme foi trabalhar numa produção em que tanto elenco quanto equipe era formada por paraenses. Já o Sudoeste foi uma honra por poder trabalhar com pessoas tão apaixonadas por cinema. E Antes da Noite foi maravilhoso por poder representar uma classe de mulheres heroínas e guerreiras do século 21.
Por ser dona de vasto currículo e idealizadora de um dos maiores festivais de cinema do país, como você enxerga a sétima arte no Brasil hoje?
- O Festival de Belém do Cinema Brasileiro não é exatamente um dos maiores festivais de cinema do país, mas um Festival diferenciado pois acontece num circuito Itinerante durante o ano inteiro. O Circuito leva o cinema até o povo, fazemos sessões em cidades ribeirinhas, praças, hospitais, escolas, presídios, etc. Pra isso montamos uma verdadeira sessão de cinema, com tela, cadeiras, toldo e até pipoqueiro. Me sinto muito feliz com o cinema brasileiro pois ele festeja as diferenças e diversidades do nosso povo, garantindo a origem dos cineastas. Acho que sempre tivemos momentos de glória, desde os anos 50. Mas só agora que o público entendeu que o nosso cinema é internacional também e tem todos os estilos: drama, comédia, romance…
Aproveitando o gancho, inclusive, você começou fazendo uma filme americano. Tem vontade de repetir a dose? Sonha de fazer um blockbuster?
- Não sonho com filmes, sonho com bons personagens.
Você brilhou em 2009. Se fosse para resumir o ano em uma simples palavra, qual seria?
- Disponibilidade. Você tem que estar disponível para que as coisas aconteçam.
PERFIL COMPLETO
NOME COMPLETO: Ecleidira Maria Fonseca Paes ou Dira PaesEla não valia nada, mas nós gostamos dela… Brincadeiras à parte com a trilha sonora, que atire a primeira pedra quem nunca parou na frente da tevê para acompanhar a saga do furacão chamado Norminha, interpretada – com maestria, diga-se de passagem – por Dira Paes, em Caminho das Índias.
Maior destaque do ano, a atriz nascida aqui em Abaetetuba, mal se despediu da personagem mais comentada no ano, e já foi engatando um filme atrás do outro, encerrando 2009 como ela gosta: repleta de atuações em que acreditou do começo ao fim. Dira é só alegria. E nós, que vínhamos esperançosos em busca de uma entrevista exclusiva com ela também. Simpatia em pessoa, falou sobre o festival de cinema que conduz, autoestima, maternidade e mostrou que apesar de formada em Física, nasceu mesmo é para brilhar como atriz.
Impossível começar a entrevista sem mencionar a Norminha, que virou mania nacional. Tinha ideia do impacto que ela causaria?
- A Norminha foi uma grande surpresa. Numa primeira leitura achei que o público fosse ficar contra ela. Mas graças à sua altivez e espontaneidade ela acabou cativando as pessoas.
Inclusive, você a defendeu com unhas e dentes até o fim. Algo dela ficou em você? Que característica da personagem você acha que as mulheres hoje em dia deveriam ter?
- Ficou, sim. Aprendi a andar de salto 15 em ruas de paralelepípedo com charme (risos). Mas o que deve ficar em todos é a autoestima que ela sempre teve do início ao fim porque se a gente não gostar da gente, quem é que vai gostar?
E o pessoal mais conservador? Chegou a receber alguma crítica?
- Se houve críticas, não tiveram coragem de manifestá-las pra mim! (risos)
Outra dúvida que muita gente gostaria de perguntar: O que você fez para ficar tão bonita e reluzente no papel? Teve alguma inspiração para criar a personagem?
- Me inspirei na Dama do Lotação (protagonizada por Sonia Braga) e na Catherine Deneuve da Belle de Jour que são personagens charmosas e enigmáticas. Já eu, estava num momento lindo e feliz, com Inácio (filho da atriz) com sete meses. Acho que a maternidade me fez renascer.
Acabei presenciando online a tristeza do editor da revista Playboy quando ele postou a seguinte frase: “Café com dona Norminha. Ela não aceitou. Mas Dira Paes ficou seduzida. Aguardem 2010!”. E aí? Os fãs podem aguardar mesmo?
- Xiiiiiiii… 2010 ainda nem chegou! (risos)
Você participou recentemente de três produções no cinema, incluindo seu primeiro curta. Dá para adiantar algo sobre Sudoeste, Matinta e Antes da Noite?
- Matinta foi o primeiro curta que trabalhei como atriz. A minha maior felicidade no filme foi trabalhar numa produção em que tanto elenco quanto equipe era formada por paraenses. Já o Sudoeste foi uma honra por poder trabalhar com pessoas tão apaixonadas por cinema. E Antes da Noite foi maravilhoso por poder representar uma classe de mulheres heroínas e guerreiras do século 21.
Por ser dona de vasto currículo e idealizadora de um dos maiores festivais de cinema do país, como você enxerga a sétima arte no Brasil hoje?
- O Festival de Belém do Cinema Brasileiro não é exatamente um dos maiores festivais de cinema do país, mas um Festival diferenciado pois acontece num circuito Itinerante durante o ano inteiro. O Circuito leva o cinema até o povo, fazemos sessões em cidades ribeirinhas, praças, hospitais, escolas, presídios, etc. Pra isso montamos uma verdadeira sessão de cinema, com tela, cadeiras, toldo e até pipoqueiro. Me sinto muito feliz com o cinema brasileiro pois ele festeja as diferenças e diversidades do nosso povo, garantindo a origem dos cineastas. Acho que sempre tivemos momentos de glória, desde os anos 50. Mas só agora que o público entendeu que o nosso cinema é internacional também e tem todos os estilos: drama, comédia, romance…
Aproveitando o gancho, inclusive, você começou fazendo uma filme americano. Tem vontade de repetir a dose? Sonha de fazer um blockbuster?
- Não sonho com filmes, sonho com bons personagens.
Você brilhou em 2009. Se fosse para resumir o ano em uma simples palavra, qual seria?
- Disponibilidade. Você tem que estar disponível para que as coisas aconteçam.
PERFIL COMPLETO
UM PRATO E/OU RESTAURANTE: Filé de filhote grelhado com arroz de aviú,
jambú refogado e farofa paraense.
ITEM INDISPENSÁVEL NA NÉCESSAIRE: hidratante
MAIOR ALEGRIA: eu, meu filho e meu marido juntos em qualquer lugar.
UMA TRISTEZA: criança na rua
UM LUGAR NO MUNDO: como boa canceriana, a minha casa.
UMA MÚSICA: Eu sei que vou te amar
UM FILME: ah, não faz isso comigo! (risos).Tem tantos maravilhosos…
UMA QUALIDADE: dignidade, honestidade
UM DEFEITO: impaciência
SONHO REALIZADO: ser mãe
SONHO A REALIZAR: o personagem da minha vida que ainda está por vir
UM HOMEM BONITO: pra ganhar do Inácio, ta difícil! (risos)
ATOR: Fernando Eiras
ATRIZ: Andréa Beltrão
UM LUXO: Tirar férias em uma praia paradisíaca do Brasil
UM LIXO: A escória de usurpadores do Brasil
SUCESSO É: estar bem consigo mesmo
UMA FRASE: “Não queira para ninguém o que você não quer para você.”
* entrevista publicada na revista Alpha Magazine, edição 123.
http://prizamarioni.wordpress.com/2009/12/11/entrevista-dira-paes/
Do Folha para você!@
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