terça-feira, 13 de outubro de 2009

GOVERNADORA NA RODA! (No bom sentido, eu acho).

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Muito interessante a síntese realizada pelo Espaço Aberto, a respeito da entrevista da Governadora Ana Júlia ao Programa Roda Viva.
Vale a pena conferir alguns trechos:
PESQUISA
Ana Júlia disse que via com tranqüilidade pesquisa do Ibope, feita em agosto, indicando que seu governo tem 59% de rejeição. “Pesquisa é retrato de um momento”, disse Ana Júlia. Ela lembrou que assumiu sob grande expectativa de resolver demandas graves e considerou normal que todos pensem que tudo estará resolvido rapidamente. “Mas não posso fazer milagres”, afirmou.
ABAETETUBA
Sobre o caso da menor violentada por mais de 20 presos dentro de uma cela em Abaetetuba, no final de 2007, Ana Júlia voltou a deplorar a ocorrência. “Foi uma situação lamentável. Sou mulher e mãe. Minha filha, na época, tinha a mesma idade [da garota de Abaetetuba]”, disse Ana Júlia. Ela garantiu, no âmbito do Executivo, todas as providências foram tomadas para punir os envolvidos. “Afastamos as pessoas, abrimos processo administrativo”, disse Ana Júlia.
O PMDB E A ALIANÇA
A governadora, indagada sobre a forma de participação do PMDB na aliança estadual, em 2010, disse que não se descarta a possibilidade de que o partido indique o candidato a vice na sua chapa. “Mas [o PMDB] pode também ocupar uma vaga para o Senado”, complementou Ana Júlia.ACUSAÇÕES A JADERAna Júlia foi questionada sobre sua aliança com Jader Barbalho, sobre quem recaem acusações de improbidade. O jornalista Heródoto Barceiro referiu-se àquele “caso da criação ds pererecas lá”, referiu ao ranário de Márcia Barbalho, ex-mulher de Jader que tocou o empreendimento com recursos da Sudam. A governadora não respondeu diretamente a essa questão. Preferiu dizer apenas que “o PMDB é um grande partido, tem mais de 30 prefeitos, tem nove deputados estaduais e vários deputados federais”. Mas lembrou que, em São Paulo, o governador tucano José Serra tem como aliado o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), contra quem recaem acusações de ter enriquecido ilicitamente na vida pública. E acrescentou: “Queremos apoio do PMDB porque é bom para o Pará. Ninguém mais governa sem coalizão”.
O PMDB E OS CARGOS
Insistentemente questionada pelos jornalistas, Ana Júlia não respondeu o teor de sua conversa com Jader em termos de cargos. Não disse se vai ou não devolver ao PMDB os cargos que o partido detinha até há poucos meses, como o é caso, por exemplo, da Secretaria de Saúde (Sespa). “O PMDB é que devolveu a secretaria de Saúde. Dois terços do PAC são administrados pelo PMDB”, lembrou Ana Júlia.
NEPOTISMO
“Tenho orgulho de ter recebido do Ministério Público me colocando como a grande parceira no combate ao nepotismo”, disse a governadora. Ela não considerou que a nomeação de seu ex-marido Marcílio Monteiro para o cargo de titular da Secretaria de Projetos Estratéticos (Sepe) se configue como nepotismo, uma vez que está separada dele há 12 anos. Disse ainda não terem fundamento as informações de um piloto com quem manteve um relacionamento no início de seu governo tenha sido servidor do Estado.
KITS E LICITAÇÃO
Ana Júlia discordou de telespectador, segundo o qual o governo é conhecido por não fazer licitação. Sobre o escândalo dos kits escolares, disse que confiou na “análise jurídica da minha ex-secretária de Educação [Iracy Galllo] de que eles podiam fazer daquele jeito”, ou seja, sem licitação. Ela considerou “ótimo” que o Ministério Público investigue o assunto, disse que o programa de distribuição de kits escolares é um dos mais vitoriosos de seu governo e garantiu: “Vamos manter os kits, mas pedi à secretária [de Educação” para fazer a licitação de forma diferenciada”.
CAOS NA SAÚDE
“Também fiquei chocada com o caso da Santa Casa”, disse a governadora, referindo-se à mortandade de bebês ocorrida no ano passado. “E há alguns anos era pior. Inaugurei UTI neonatal, UTI adulta. Estou construindo uma nova Santa Casa, com 180 leitos”, afirmou Ana Júlia. Ela destacou que 90% do sucesso para o nascimento de um bebê depende de um pré-natal benfeito, o que não acontece, segundo ela, com 80% das mães que chegam de carro e de ônibus do interior, “em terríveis condições”. Afirmou que, para combater essa situação, o Estado passou a transferir recursos diretamente para as prefeituras melhores as condições dos equipamentos de saúde.

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