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Durante coletiva à imprensa na tarde do último sábado (4), no prédio da Delegacia Geral, o secretário de Segurança Pública Luiz Fernandes Rocha deixou clara a disposição de combater o crime em qualquer cidade do Pará. “O governo não vai permitir que se instale no Estado uma escalada de violência”. Ele estava acompanhado do delegado geral da Polícia Civil, Nilton Atayde, e do comandante da Polícia Militar, Mario Solano. Na ocasião, foi informado que foram deslocadas para Abaetetuba missões especiais das duas forças policiais, com o objetivo de garantir a segurança da população local e dar início às investigações sobre a série de crimes ocorridos desde sexta-feira (3).
“O compromisso do Estado é estar presente em todo e qualquer local que apresente uma situação de risco à população. Por isso, estamos acompanhando de perto o caso em Abaetetuba, que em menos de 24 horas fugiu da normalidade”, explicou Luiz Fernandes. “Ainda é prematuro apontarmos as causas destes crimes e até mesmo se existe uma ligação entre eles. O que podemos garantir é que o Estado não está medindo esforços para investigar as causas e, principalmente, solucionar este situação”, explicou o comandante geral da PM, Mário Solano. “O Prazeres estava de folga quando foi assassinado, trabalhando como segurança em uma agência bancária”, acrescentou.
O suspeito Denildo dos Santos Ferreira foi preso em flagrante durante a madrugada de sexta pra sábado por atirar no sargento Vilhena (ferido na região do tórax) e em Jackson Palheta da Silva (que morreu por ocasião do disparo).
De todas as mortes, as que supostamente envolvem policiais como autores dos crimes (ou seja, os assassinatos de Danilo Ferreira e sua companheira, Maria da Conceição), não foram esclarecidas. “Ainda não sabemos nada sobre esses assassinatos. Porém, qualquer hipótese precisa ser levada em consideração”, ressaltou Mário Solano.
Desde a manhã de anteontem, o município conta com reforço de homens da Polícia Civil e um batalhão da Polícia de Choque da PM. Estão no local, também acompanhando os casos, a Equipe de Homicídios da Polícia, representantes do Centro de Perícias Cientificas Renato Chaves e Corregedoria do Estado. Após a coletiva, o comandante-geral da PM, Mário Solano, e o delegado-geral da Polícia Civil, Nilton Atayde, também se deslocaram para acompanhar de perto as investigações em Abaetetuba.
PREVENÇÃO
O secretário de Segurança falou sobre as ações desenvolvidas com o objetivo de diminuir ainda mais a criminalidade no Estado e destacou os números positivos de redução da violência.
Nos primeiros quatros meses de 2011 houve uma redução de 15% da criminalidade em todo o Pará, comparado ao mesmo período do ano passado. Na Região Metropolitana de Belém, a redução dos crimes foi de 35% e em Belém o número é ainda maior, 37%.
O principal alvo das operações de repressão à violência é o tráfico de drogas. Com base em estatísticas, este é um dos principais motivos da ocorrência de crimes, principalmente o de homicídio. O Baixo Tocantins é uma das regiões que vem se destacando neste processo. Somente no mês de maio foram presos mais de 1.200 traficantes na localidade.
APREENSÃO
Há três dias, a população de Abaetetuba está apreensiva com a quantidade de mortes que vem ocorrendo no município. Já foram seis pessoas assassinadas – segundo o Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves - e testemunhas dão conta de que mais pessoas podem ter morrido.
Entre estas estaria o gerente do banco onde o cabo da Polícia Militar Idacildo Correa Prazeres, 33 anos, trabalhava fazendo ‘bico’ de segurança, e outro seria o motorista da lancha que trouxe os dois de Muaná para Abaeté.
Segundo um rapaz que presenciou a morte do cabo Prazeres, mas preferiu não se identificar, o policial saiu da lancha acompanhando o funcionário do banco, sendo observado por Adonai Farias de Souza, o “Ado”, e seu comparsa conhecido como “Boni”, que estavam no trapiche do cais de Abaetetuba.
“O Ado ficou na beira do trapiche e o Boni estava no meio, escondido. Eles deixaram o cara do banco passar, e quando o policial veio atrás o Ado se meteu na frente dele, acertou um tiro, ele caiu e também atirou, Ado deu dois tiros nele e o cara na lancha também atirou”, contou.
EM NÚMEROS
6 Nos últimos 3 dias, pelo menos 6 pessoas foram assassinadas em Abaetetuba, de acordo com informações do Centro de Perícias Científicas "Renato Chaves".
Fonte: Diário do Pará
http://charlethipus.blogspot.com/2011/06/abaetetuba-situacao-fora-do-controle.html
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